Vários estabelecimentos comerciais começaram a se adequar à nova lei que prevê a total revitalização da rua
Da Redação
Vários comerciantes da rua Amazonas já começaram a adequar as fachadas de suas lojas conforme determina a lei para que as empresas adaptem suas placas indicativas a tamanhos específicos, dentro do projeto de revitalização da principal via do comércio local. “Assim que todas as lojas se adequarem, teremos uma ideia melhor, pois acredito que a adaptação era necessária e valerá muito a pena, pois vai diminuir a poluição visual”, comenta o gerente da Drogaria São Pedro, João Manfré Filho, loja que já está se adequando à lei.
Outra loja que também já começou a adequação, seguindo as normas da Nova Rua Amazonas é a franquia local da rede O Boticário. De acordo com Roseli dos Santos, sócio-proprietária da loja, o fato de o projeto de readequação de Votuporanga seguir as mesmas exigências da Lei Cidade Limpa de São Paulo, facilitou o investimento. “Como somos uma franquia, todo projeto precisa ser concebido por arquitetos d'O Boticário, e como eles já seguem as normas de São Paulo, já estávamos praticamente enquadrados, inclusive, as outras lojas que possuímos em Votuporanga, em supermercados, já seguem esse padrão”, explica.
Com relação ao projeto, Roseli afirma que é a favor da modernização e ressaltou a iniciativa.
“O Boticário se moderniza a cada cinco anos. Apesar dos transtornos, é uma obra que exige coragem do governante. Tenho certeza que no futuro a revitalização vai ser boa para todos”, finalizou.
A empresária Aparecida Barrete Segura, da Casa dos Enxovais, com sua loja dentro do que determina a legislação, espera que todos os comerciantes se enquadrem, para que a alteração surta o efeito esperado. “Respeitamos o nosso consumidor e queremos deixar a loja bem bonita, para que ele se sinta ainda mais valorizado; acredito que o sacrifício de hoje será compensado e os nossos clientes aprovarão ainda mais o visual”, afirma.
Quem também está muito otimista é Luciano Aparecido Estevão, da Farmatem. “Não tenho dúvida de que a mudança é positiva e acredito que todos ganharão muito, razão pela qual decidi investir num projeto moderno, que melhorará ainda mais o padrão de atendimento da farmácia, indo de encontro às expectativas de meus clientes”, garante. Além da fachada, Luciano também aposta num novo projeto arquitetônico, que vai desde alterações no interior
da loja, climatização e mobiliário, quanto no lado externo, na fachada da farmácia.
Por seu turno, a arquiteta Sílvia Rodrigues, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, é categórica quando afirma que “a Rua Amazonas já mostra sinais da requalificação do comércio.
Alguns comerciantes estão aproveitando o momento não só para se adequarem à lei da fachada limpa, como também para modernizarem as suas lojas”, afirma. Ela também salienta o fato de que a lei proporcionará a visualização do nosso patrimônio histórico “Já é possível, por exemplo, visualizar a arquitetura do antigo prédio da Dias Martins, que faz parte da história construtiva da cidade na década de 40”, diz.
A Lei
O objetivo da lei nº 4.758 de 28 de abril de 2010, é eliminar a poluição visual provocada pelos luminosos, letreiros, caixas metálicas avançando sobre o passeio público e demais elementos que atrapalhem a circulação de pessoas nas lojas instaladas de maneira desordenada. Assim como Votuporanga, outros municípios estão implantando leis idênticas, como Sorocaba e Cuiabá, tendo como base a legislação adotada pela cidade de São Paulo.
Em Votuporanga, até o final deste ano, os comerciantes terão de se enquadrar na lei. Dentre as principais inovações, o artigo 8 determina que será permitido somente um anúncio indicativo por imóvel privado, que deverá conter as informações necessárias ao público. Entre outras medidas, também não serão permitidos anúncios que descaracterizem as fachadas dos imóveis com a colocação de painéis ou outro dispositivo e nem serão permitidos anúncios instalados em marquises, saliências ou recobrimento de fachadas, mesmo que constantes de projeto de edificação aprovado ou regularizado.
Embora a Prefeitura tenha encaminhado um exemplar da lei para os proprietários de imóveis, bem como ter realizado reuniões de esclarecimento, aqueles que ainda tiverem dúvidas poderão entrar em contato com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano.
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