De acordo com Raquel, Dira foi escolhida por ser mais do que a imagem da mulher brasileira, mas por viver o cinema há 30 anos e por entender essa arte da mesma forma que a mostra propõe. “Ela é o retrato do festival”, disse.
Durante a abertura, a atriz chamou a atenção para a importância da produção independente no universo audiovisual brasileiro. “O cinema independente é o voo do cineasta, é a capacidade que o cineasta tem de se entender, entender o seu caminho e poder voar. Ele é o alicerce de todo o outro cinema, o que chamamos de cinema comercial. É aquela obra que tem mais ousadia, com um comprometimento mais artístico do que comercial, e isso é fundamental pra criatividade cinematográfica”, disse a atriz, na abertura da mostra.
Um dos espaços construídos exclusivamente para o festival, o Cine Tenda preencheu todos os 700 lugares disponibilizados para a abertura do festival. Na plateia, atores, atrizes, cineastas e cinéfilos se misturavam para desfrutar o início de uma semana de sessões lotadas e intensas trocas de ideias e experiências.
Programação
Sete longas-metragens inéditos foram selecionados para a edição 2015. Pelo terceiro ano
consecutivo, o escolhido como melhor filme da Mostra Aurora vai ganhar o Prêmio Itamaraty, no valor de R$ 50 mil. Esta é a única parte com caráter competitivo da mostra.
O público jovem e as crianças têm programação garantida. Além das oficinas, a Mostrinha
vai exibir quatro curtas-metragens diferentes que foram premiados nos últimos meses, entre eles animações e aventuras juvenis mineiras.
A mostra conta também com 27 debates que propõem uma reflexão do momento atual do cinema brasileiro. Além da exibição de filmes, o festival promove atividades culturais com a realização de 10 oficinas de formação e oferta de 270 vagas, 10 lançamentos de livros, teatro de rua, performances audiovisuais e intervenções artísticas. É tudo de graça.