Da Redação
A Campanha Nacional do Desarmamento recolheu mais de 30 mil armas de fogo neste ano, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Justiça. O número está próximo do total recolhido na campanha de 2008/2009, quando foram apreendidas 31,8 mil armas e 125 mil cartuchos. A campanha deste ano começou em maio e vai até o fim do ano.
Segundo o balanço, São Paulo é o Estado com maior volume de entregas (8.300). Mas, considerada a relação entre população e armas entregues, Rio Grande do Sul assume a melhor posição, com 34 armas por grupo de 100 mil habitantes.
Metade das armas entregues na campanha são revólveres (15,4 mil), principalmente os de calibre 38. Armas de grande porte, como fuzis (77), rifles (419), espingardas (4.049), entre outros, representam 20% do total.
Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a apreensão do armamento pesado foi facilitada pelo anonimato, uma das novidades da edição 2011 da campanha. "Sem precisar se identificar, o cidadão pode entregar armas de alto poder de destruição e tornar sua comunidade, sua cidade mais segura."
Outra novidade desta edição foi a maior rapidez no pagamento da indenização (de R$ 100 a R$ 300), feito em até um dia após o cadastro no sistema. O valor das indenizações já atingiu R$ 2,8 milhões.
Segundo o ministério, desde 2004 as campanhas do desarmamento foram responsáveis por retirar de circulação cerca de 570 mil armas. Na campanha de 2008, foram regularizadas outras 500 mil. Há 1.856 postos de recolhimento espalhados pelo país -todos cadastrados no site da campanha.
A inciativa foi embasada em uma pesquisa que mostra que cada 18 armas recolhidas, 1 vida é salva.