Da Redação
A instalação da usina de açúcar e álcool, em Meridiano, que prevê para agosto o
início de suas atividades e, consequentemente, a “importação” de trabalhadores não virá apenas de cidades da região, mas também de outros Estados do Brasil, trazendo para Valentim Gentil e região centenas de novas famílias.
De acordo com o CCT de Votuporanga, empresa contratada pelo grupo de usinas
UNP para selecionar candidatos aptos ao trabalho, das 700 vagas que a usina deverá usar para iniciar suas atividades, a maioria delas ainda estão em processo de seleção.
Muitas dessas vagas serão preenchidas por trabalhadores da região e também de
Valentim, mas entre estes, um número razoável de trabalhadores de outros Estados
que consequentemente permaneceram no município. A demanda de profissionais
necessários e qualificados não é encontrada, por isso a empresa criou o projeto Crescer, que capacitará 200 profissionais para ocuparem vagas definitivas na usina.
A procura de casas, não somente em Valentim Gentil, mas também nas cidades próximas às usinas gera uma especulação imobiliária. Residências que custariam normalmente R$ 300 chegam a ser alugadas por R$ 800.
Segundo o empresário Luiz de Melo, administrador de cerca de 40 imóveis na cidade, Valentim já registrou uma supervalorização de alugueis em 1998, quando uma casa de dois dormitórios chegava a ser alugada por cerca de um salário mínimo e meio da época. Afirma ainda que os alugueis não tiveram um aumento, mas sim o salário que foi valorizado, e que na verdade os aluguéis estão com preços defasados, já que a especulação, a montagem da usina, a chegada de novas empresas e o crescimento natural da cidade veio gerar este déficit habitacional e consequentemente um “leilão de aluguéis”.