Após mais uma denúncia sobre veículos sendo apedrejados próximo ao trevo de Álvares Florence, policiais iniciaram as buscas no local
O para-brisa do carro de Renata Siqueira, de 35 anos, foi atingido no fim da tarde da última segunda-feira (24) Foto: Arquivo Pessoal
Aline Ruiz
Após mais uma denúncia de que veículos estariam sendo apedrejados na rodovia Péricles Belini, próximo ao trevo de Álvares Florence, a Polícia Militar daquela cidade, juntamente com a Polícia Rodoviária de Votuporanga, foi até o local para investigar o fato. Os policiais conseguiram localizar três adolescentes de 15 anos que, após serem questionados, confessaram que haviam atirado pedras, porém apenas nesta terça-feira (25). A Polícia Civil de Álvares Florence vai agora investigar o caso. Os menores foram ouvidos e liberados em seguida.
A equipe da Polícia Militar de Álvares Florence, composta pelo sargento Nilton e soldado Fumes, juntamente com a equipe da Polícia Rodoviária de Votuporanga, composta pelos cabos Tassi e Facin, encontrou os menores em uma propriedade rural, que fica a 2 km da rodovia. De acordo com informações da polícia, os suspeitos são três adolescentes, todos de 15 anos, sendo um morador do local e dois estão passando férias na casa do amigo.
Ainda segundo a PM, dois deles confessaram que realmente jogaram pedras nos veículos, porém somente nesta terça-feira (25). A equipe afirmou ainda que eles negaram ter apedrejado veículos em outros dias. Sendo assim, os três menores foram ouvidos e liberados em seguida. Cabe agora a Polícia Civil de Álvares Florence prosseguir nas investigações sobre o caso.
Relatos de vítimas
Uma das vítimas das pedradas, Renata Siqueira, de 35 anos, afirmou para o A Cidade que o para-brisa do seu carro foi atingido no fim da tarde da última segunda-feira (24), próximo ao trevo de Álvares Florence. “Eu tenho familiares em Cardoso e quando passei pelo trevo ouvi uma pancada, achei que tinha sido algum animal, mas quando olhei o meu para-brisa estava todo quebrado”, contou.
Renata afirmou que andou mais alguns metros e parou no acostamento para ver o que realmente tinha acontecido. “A lataria do meu carro também estava furada, parecia tiro de chumbinho ou alguma pedrada com estilingue. Na hora que eu parei, logo em seguida outro carro também parou e dois homens desceram do veículo, também tinha sido atingido por pedradas”, explicou.
Questionada se ela conseguiu ver quem havia jogado as pedras, Renata disse que não. “Quando eu estava falando com os dois homens, nós vimos um carro prata saindo de dentro de uma mata, mas não sabemos se quem estava dentro tinha algo a ver com isso”, ressaltou.
Práticas desse tipo, segundo Renata, são comuns naquele trecho da rodovia Péricles Beline. “Já aconteceu isso antes, pessoas também costumavam colocar tijolos no meio da pista, acredito que para estragar o carro e eles assaltarem os motoristas, fiquei bastante nervosa e com medo”, concluiu.
A mãe da votuporanguense Cibelly Almeida Amorim, Isabel Almeida Amorim, de 46 anos, também foi uma vítima das pedradas. Porém, as pedras, ao contrário do que aconteceu com Renata, não atingiram o seu carro e sim o seu rosto. “Os meus pais são de Cardoso, quando eles estavam passando pelo trevo de Álvares Florence, minha mãe foi atingida com uma pedra no queixo, meu pai estava dirigindo e minha mãe estava do lado com o vidro aberto, ela precisou ir para a Santa Casa na hora”, disse Cibelly.
Outros relatos de pessoas que tiveram seus carros atingidos por pedras naquele ponto da rodovia estão sendo expostos por meio do Facebook.