Os familiares de Paulino de Andrade, de 55 anos, e Marcos Antônio do Prado, de 49 anos, estão revoltados e em busca de justiça
Aline Ruiz
Os familiares de Paulino de Andrade, de 55 anos, e Marcos Antônio do Prado, de 49 anos, que foram atropelados e mortos no dia 10 de abril na avenida Emílio Arroyo Hernandes, estão revoltados e em busca de justiça. Isso porque eles não concordam que o motorista responsável pelo crime, Plínio Bergamo Pinho, de 26 anos, seja indiciado por homicídio culposo. Na última quarta-feira (12), a delegada responsável pelo caso, Karina Tirapeli, afirmou que não há como indiciar o autor por homicídio doloso, já que não há provas suficientes, porém, segundo ela, o caso ainda pode mudar se algo de novo surgir.
Em contato com o A Cidade, a irmã de Marcos Antônio do Prado, Edna Mara do Prado Rodrigues, afirmou que está indignada com a notícia. “Quando vimos no jornal ficamos sem saber o que pensar, isso é um absurdo, como que não tem como indiciar por homicídio doloso por falta de provas? O rapaz arrancou a perna de uma das vítimas, isso não é prova o suficiente que ele estava acima da velocidade? “, desabafou.
Segundo Edna, toda a sua família é de Votuporanga e tem um amor muito grande pela cidade. Para ela, não é justo estarem passando por algo desse tipo por aqui. “Meu irmão estava vivendo há apenas quatro meses em Parisi, ele sempre morou em Votuporanga. Ele morreu depois que um rapaz irresponsável de outra cidade atropelar e matar ele covardemente. Isso não existe, ele precisa pagar pelo que fez e ser preso por homicídio doloso”, disse.
Também em conversa com o A Cidade, a delegada responsável pelo caso, Karina Tirapeli, explicou que já está com os laudos do local e da caminhonete. “Só o que está pendente agora é a questão da velocidade, que não sei se vou conseguir comprovar que ele estava acima do permitido, dessa forma não há como indiciar por homicídio doloso, quando há intenção de matar”, explicou.
Sobre o excesso de velocidade, a delegada afirmou que apenas tem a parte testemunhal. “Pessoas que acreditam que ele estava em uma velocidade alta testemunharam, só que isso não é o suficiente. Tentamos imagens de câmeras de segurança e radares, mas não também não conseguimos nada. Então, até onde foi apurado e se nada de novo surgir, ele deve ser indiciado por duplo homicídio culposo e fuga do local do acidente”, disse.
O caso, segundo a delegada, pode mudar, dependendo do que aparecer de novo. “Tudo pode mudar e ele ser indiciado por doloso, mas não há como afirmar algo agora. Até agora, com tudo que tenho, ele deverá ser indiciado por culposo, mas não é nada definitivo”, finalizou.