Por isso, a análise da personalidade dos candidatos, em quesitos como adaptação a novos ambientes, capacidade de trabalhar em equipe e flexibilidade ganharam importância nos processos de seleção.
Essas características, em alguns casos, podem pesar mais do que o currículo técnico.
"Sinceramente, [elas] são mais importantes", diz Alexandre Ullmann, gerente de recursos humanos da Microsoft. "Hoje, as empresas estão olhando não só o que o funcionário entrega, mas como faz isso. Se a pessoa pressiona a equipe de modo não saudável, não é colaborativa e não pensa no resultado comum, não é suficiente."
A exigência de características varia de acordo com a vaga (se o trabalho exige capacidade de comunicação, por exemplo) e com a empresa, cuja cultura pode pedir traços mais formais ou informais de comportamento.
"Muita gente pensa que o bom perfil é o do 'showman', mas nem sempre é assim. Um profissional muito expansivo pode não ser bem visto para a área contábil, que exige alguém mais analítico", opina Thiago Medeiros, gerente da consultoria Manpower.