Ministro afirmou que, pelas contas do Ministério da Fazenda, aumento real para o consumidor será de 4,4%
Conforme anunciado pelo governo na noite de terça-feira, entrou em vigor o tão aguardado aumento de 6,6% no preço da gasolina. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou à imprensa sobre o anúncio após participar do Encontro Nacional de Prefeitos, em Brasília - e afirmou que o impacto nas bombas deverá ser "pequeno", de 4,4%. “Houve um aumento para o consumidor antes, mas o governo neutralizava com a eliminação da Cide (imposto que foi zerado em outubro do ano passado). Essa é uma elevação modesta perto daquilo que aconteceu com o preço da gasolina. Não vai atrapalhar ninguém”, afirmou Mantega.
O ministro afirmou ainda que o impacto também será pequeno para a inflação. O Ministério calculou um aumento de 0,16% no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) devido ao reajuste da gasolina. Questionado sobre a possibilidade de haver um novo acréscimo no preço, Mantega foi irônico: “É o último aumento da semana”, disse, reforçando que os reajustes são decididos pela Petrobras e levam em conta os preços internacionais da commodity.
Mantega disse que o governo está estudando elevar a mistura do etanol na gasolina, mas não se comprometeu com uma data para fazer o anúncio. Um aumento da mistura para 25%, por exemplo, poderia atenuar mais a alta da gasolina. O ministro deve se reunir nesta quarta com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para discutir o tema.