Da Redação
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, autorizou a realização de estudos de viabilidade para a instalação de uma Universidade Federal em Rio Preto, após receber o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) em audiência, na última terça-feira, em Brasília. Edinho entregou ao ministro um ofício solicitando formalmente a implantação da Universidade Federal do Noroeste Paulista.
Este assunto já havia sido discutido preliminarmente em São Paulo, no dia 4 de junho, entre a bancada petista da Assembleia Legislativa de São Paulo, liderada pelo deputado João Paulo Rillo, o ministro Mercadante e o deputado Edinho. Rillo havia apresentado proposta semelhante ao Governo Federal em 2008.
Após receber o ofício, o ministro solicitou ao deputado uma série de informações para subsidiar os estudos, que serão apresentadas por Edinho Araújo após o recesso parlamentar deste mês de julho.
O deputado Edinho Araújo argumentou que a região Noroeste de São Paulo, cuja ‘capital’ é Rio Preto, reúne mais de 150 cidades e cerca de 2,5 milhões de habitantes. Informou ainda que Rio Preto já é um centro educacional de referência no Estado de São Paulo, abrigando um campus da Unesp (o Ibilce), uma Faculdade de Medicina (a Famerp) e a unidade da Fatec (com cursos técnicos), mas a maioria das vagas para o ensino superior ainda está nas universidades privadas, inacessíveis para os jovens das camadas mais pobres da nossa população.
Rio Preto possui hoje 10 instituições particulares de ensino superior, que oferecem 132 cursos, com 28.778 alunos e 1.846 professores. Na área pós-graduação, são 176 cursos, com 5.536 alunos e 1.779 professores, segundo dados da Conjuntura Econômica de São José do Rio Preto (2011).
Êxodo de jovens
“Todos os anos nossa região vê seus jovens migrarem para outras localidades, em busca de um melhor futuro nas universidades federais. Argumentamos com o ministro que uma Universidade Federal, estrategicamente sediada em Rio Preto, atenderá, além da demanda regional, a clientela de estados vizinhos como o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais”, afirmou Edinho, ao comentar a reivindicação em discurso na Tribuna da Câmara dos Deputados.
Segundo o deputado, o ministro Mercadante mostrou-se sensível ao pedido, mas a decisão final dependerá dos estudos de viabilidade a serem realizados pelo Ministério.
“Um parlamentar deve estar sempre atento às demandas de sua região. Sabemos que uma universidade pública e gratuita abre portas para o desenvolvimento das cidades e das pessoas”, disse o deputado.