Município já soma mais de 5,8 mil casos e quatro mortes confirmadas no ano; janeiro, fevereiro e março concentram maior risco
Vigilância reforça prevenção e cobra atenção redobrada da população no período conhecido como “temporada da dengue” (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Após um período de relativa estabilidade nos registros, Votuporanga entra novamente em estado de atenção com a aproximação da chamada “temporada da dengue”. O avanço do verão, marcado por chuvas mais frequentes e temperaturas elevadas típicas do Noroeste Paulista, cria o cenário ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Historicamente, os meses de janeiro, fevereiro e março concentram o maior número de casos da doença no Brasil. A combinação entre calor intenso e acúmulo de água parada favorece a reprodução do mosquito, elevando o risco de novos surtos justamente no período em que a população tende a relaxar os cuidados preventivos por conta do período festivo.
Em Votuporanga, os números acendem um sinal de alerta. Dados oficiais da Secretaria Municipal da Saúde apontam que, ao longo do ano, o município registrou mais de 5,8 mil casos confirmados de dengue, além de quatro mortes associadas à doença. Atualmente, outras 103 ocorrências seguem em investigação, o que pode elevar ainda mais o balanço epidemiológico.
Diante desse cenário, a Secretaria da Saúde reforça que o combate à dengue depende, sobretudo, da participação da população. A Vigilância Ambiental orienta os moradores a manterem quintais limpos e livres de qualquer recipiente que possa acumular água, como garrafas, pratos de vasos de plantas, pneus, baldes e sacolas plásticas.
A recomendação inclui ainda a limpeza periódica de calhas, o correto fechamento de caixas-d’água e o uso de detergente ou sabão em pó diluídos em água nos ralos internos e externos. Os cuidados devem se estender também aos animais. Bebedouros precisam ser lavados com frequência, utilizando água, bucha e sabão, para eliminar possíveis focos do mosquito.
Segundo os órgãos de saúde, a maioria dos criadouros do Aedes aegypti ainda é encontrada dentro das residências, o que torna o envolvimento da comunidade decisivo para conter a doença. A Secretaria Municipal da Saúde destaca que a intensificação das ações de prevenção neste período é fundamental para evitar uma nova explosão de casos.