Leidiane Sabino
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Buracos, pedras, lixo, resto de móveis, árvores, mato, material de construção, tudo isso e muito mais pode ser encontrado nas calçadas de Votuporanga. Tem gente preferindo andar pelas ruas a arriscar-se nas calçadas com tantos obstáculos.
Iracélia Fantini Lauer, moradora da Vila Paes, contou que por onde anda encontra mato, buraco e já caiu em calçadas. “Realmente, tem lugares que é muito difícil utilizar a calçada”, disse.
Já Marlene Aparecida França resolveu andar no meio da rua. “É mais fácil. Tenho um pouco de dificuldade em andar pelas calçadas, elas não são retas, são esburacadas, as árvores também atrapalham e tenho medo de cair”, falou.
Para Claudinéia Milani, 40 anos, as dificuldades são ainda maiores, ela é mãe de Erick Henrique Milani, 7 anos, cadeirante. Claudinéia precisa levar o filho diariamente para a fisioterapia, terapia ocupacional, hidroterapia e outras atividades. “A gente tem que andar praticamente no meio da rua, dividindo espaço com os carros, porque as calçadas estão em péssimas condições”. No trânsito, ela contou que as pessoas não entendem as dificuldades de andar nas calçadas e muitos motoristas buzinam ou gritam por ela estar andando na rua.
Claudinéia disse que já teve que passar com apenas duas rodas da cadeira em espaços estreitos. “Às vezes fico andando de um lado para o outro da rua, procurando uma calçada melhor. Até mesmo nas calçadas da rua Amazonas tenho dificuldades em passar. A gente se arrisca porque tem que sair”. Ela, que anda a cidade toda, a pé ou de circular, mais uma grande dificuldade, já tropeçou e quase caiu na rua.
Maria Aparecida Neves Damasceno, presidente da Searvo, Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da região de Votuporanga, disse que a associação fez um trabalho sobre a melhoria das calçadas do município e apresentou à Prefeitura. Inclusive, o código de obras municipal conta com informações de como fazer uma calçada segura. “Percebemos que as dificuldades são grandes e a Prefeitura está com boa vontade. O código de obras vai orientar a população quanto às novas calçadas. Com relação às já existentes será preciso fazer um trabalho de conscientização para elas serem modificadas. Quem conta com um profissional de engenharia ou arquitetura orientando sua obra, com certeza fará uma calçada correta”, disse. Ela afirmou ainda que o tempo passa, a cidade cresce e deve proporcionar melhorias aos cidadãos.
Matéria completa na edição de hoje do Jornal A Cidade.