Acompanhado pela advogada, M.C.P. compareceu no 2º DP na tarde de ontem; polícia continua investigando o caso
Acompanhado pela advogada, M.C.P. compareceu no 2º DP na tarde de ontem Foto: Aline Ruiz/A Cidade
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
O agente penitenciário, M.C.P., que atirou contra M.F.S. na tarde da última terça-feira (25) no bairro Pozzobon, disse que agiu em legítima defesa. Ele prestou depoimento de mais de duas horas na tarde de ontem (26) no 2º Distrito Policial de Votuporanga, acompanhado de sua advogada Mariflávia Peixe de Lima. Para a polícia, ele afirmou que apenas atirou porque viu a vítima sacando uma arma. O caso continua sendo investigado e outras pessoas devem ser chamadas para prestarem depoimento.
Em conversa com o A Cidade, a advogada Mariflávia Peixe de Lima falou sobre a versão apresentada por M.C.P., que disse que efetuou apenas um disparo e não quatro. “Ele estava em uma loja, que fica em frente à casa da ex-sogra, com o pai e a sua companheira, quando M.F.S. apareceu na calçada, o ameaçou e sacou uma arma. Nesse momento ele atirou uma vez, porque temia pela vida do pai que estava ao seu lado”, comentou.
A versão da família da vítima, porém, afirmou que o agente penitenciário atirou quatro vezes e chegou a entrar no quintal da casa. “Quando ele chegou o parceiro da minha irmã já foi fechar a porta, nesse momento ele atirou e três balas atingiram a região do peito e da barriga dele, o quarto tiro acertou a perna da minha mãe. O meu pai também estava na casa e conseguiu tirar a arma da mão dele quando ele estava tentando atirar pela janela, foi sorte não ter acontecido algo pior”, afirmou o irmão da companheira da vítima, M.R..
Durante o depoimento, a advogada pediu exame de corpo de delito, já que M.C.P. está com uma marca de queimadura no peito e a camiseta está furada. “A camiseta foi apreendida e um exame de corpo de delito vai ser feito para ver se é algum tiro de raspão que causou isso. Ele disse que lembra apenas de efetuar um disparo e que em seguida caiu no chão e a arma acabou ficando no local, só ela foi apreendida, a arma que ele disse que viu com a vítima não foi encontrada”, revelou.
A advogada não soube explicar sobre o tiro que acertou a ex-sogra do agente penitenciário no momento da confusão. “Ele disse que no momento que foi para o meio da rua e atirou, não tinha ninguém por perto, só o M.F.S., não tinha a ex-mulher e nem a ex-sogra, como o tiro acertou nela ninguém sabe, só a perícia para dizer isso agora”, completou.
Após apresentar a sua versão, M.C.P. permanecerá agora à disposição da Justiça. “Ele ficará a disposição para responder o que for necessário, após isso uma Audiência de Pronúncia será realizada, se o juiz reconhecer que ele agiu em legítima defesa o caso é encerrado, do contrário vai para o Tribunal do Júri”, concluiu.