Thiago e o advogado que representa a empresa, Romualdo Castelhone, garantiram que a intenção é ressarcir as pessoas
Boletim de ocorrência já foi realizado no 1º DP de Votuporanga contra o organizador
Daniel Castro
O cancelamento do show do cantor Dudu Nobre em Votuporanga está tomando dimensões não esperadas. Thiago Tuba, proprietário da Villa Eventos, contou que a sua situação hoje é complicadíssima, uma vez que ele é ameaçado de morte, teve a casa apedrejada e pessoas jogaram veneno para seus cachorros.
Thiago e o advogado que representa a empresa, Romualdo Castelhone, conversaram com A Cidade sobre diversas questões e garantiram que a intenção é ressarcir as pessoas. Romualdo entende que atualmente existem “meia dúzia de pessoas” apedrejando o organizador da festa, porém, “ele não é culpado pela não realização da apresentação”. “O que acontece é que a arquibancada não foi montada a tempo, mas não é culpa dele, e isso também será analisado para entendermos de quem foi o erro”, comentou.
Questionado sobre críticas que afirmam que o organizador já cometeu erros parecidos em outros eventos, o advogado disse que as declarações são inverdades.
Para o advogado, o show foi cancelado por questões alheias, e não por culpa do organizador. Ele explicou que de início a festa seria outra, então surgiu a oportunidade de trazer o cantor Dudu Nobre, por isso foi necessário redimensionar o evento, montando uma arquibancada.
Thiago frisou que “não roubou ninguém”, mas o que aconteceu pode ocorrer por razões alheias e que não necessariamente são de culpa do organizador. Ele contou que várias pessoas que estão fazendo reclamações nas redes sociais não compraram ingresso, portanto não levaram prejuízo algum, mas estão “no embalo dos outros”.
Os convites para o show foram vendidos a R$ 20 (pista 1º lote), R$ 30 (pista 2º lote), R$ 50 (camarote 1º lote) e R$ 60 (camarote 2º lote) em diversos pontos de venda em Votuporanga e região. Seis pessoas registraram um boletim de ocorrência sobre o cancelamento da apresentação.
Por fim, Thiago contou que o show não aconteceu devido à falta de alvará do Corpo de Bombeiros de Votuporanga. Ele ressaltou que trabalhou dentro da lei, e devido à falta de palavra de uma empresa de tendas e palcos, foi prejudicado com o atraso na montagem da estrutura. O promoter falou que tentou outra empresa, de Fernandópolis, que tentou fazer o serviço, mas o tempo para suprir a falha da primeira empresa era curto.
Perigo
O advogado contou que hoje a situação do promoter é perigosa, uma vez que ele vem recebendo várias ameaças. “Ele está na casa de amigos que sabem que ele é uma boa pessoa. Hoje, por conta dessa situação, ele não tem dinheiro nem para comer”, falou. Romualdo explicou que a mãe o promoter o procurou desesperada pedindo por ajuda.