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‘Situação é muito grave; temos criança de um mês intubada’, alerta secretária da Saúde de Votuporanga
A secretária Municipal da Saúde, Ivonete Félix do Nascimento, fez um alerta alarmante sobre o surto de gripe que atinge Votuporanga, classificando a situação como “muito grave”
publicado em 19/06/2025
A secretária da Saúde, Ivonete Félix, disse que a situação da gripe na cidade é muito grave e pediu para que todos se vacinem (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
A secretária Municipal da Saúde, Ivonete Félix do Nascimento, fez um alerta alarmante sobre o surto de gripe que atinge Votuporanga, classificando a situação como “muito grave”. Em entrevista à rádio Cidade FM, ela revelou que o avanço da doença tem levado à internação de diversas crianças, incluindo bebês com apenas um mês de vida que estão intubados devido à gravidade dos sintomas.
Segundo Ivonete, o município enfrenta um surto de influenza com números alarmantes e consequências graves, sobretudo entre as crianças. “Nós estamos vivendo algo que há muitos anos não acontecia”, afirmou. A secretária ressaltou que a única forma eficaz de conter a disseminação da gripe é por meio da prevenção, com foco na vacinação da população.
A superlotação das unidades de saúde e da Santa Casa de Votuporanga foi apontada como reflexo direto da disseminação do vírus. “Estamos com pronto-atendimento e unidades de saúde superlotados, principalmente a porta do pronto-atendimento, com casos graves”, explicou Ivonete.
Ela ainda destacou que 99% dos pacientes internados atualmente por complicações da gripe são crianças — muitas delas com poucos meses de vida. “Nós temos crianças de 1 mês entubada, de 2 meses entubada, 5 meses… e isso é muito sério”, alertou.
A secretária também enfatizou o papel da vacinação da gestante como medida preventiva fundamental. “A vacina para gripe começa a partir dos seis meses de vida, mas e a gestante? Ela transmite anticorpos para o bebê durante a gestação. Ela se cuidou? Ela tomou a vacina? Esse cuidado da mãe, da consciência da mãe, do autocuidado, é o que protege o filho”, pontuou. Segundo ela, vacinar-se é uma responsabilidade coletiva que contribui para quebrar a cadeia de transmissão.
Ivonete ressaltou ainda a sobrecarga dos hospitais, que não lidam apenas com os casos de gripe. “Os hospitais não dão conta, porque não atendem só gripe. Temos acidentes, cirurgias, infartos… as outras doenças não param de acontecer”, explicou.
A situação é tão grave que, segundo a secretária, já há decisões judiciais determinando a internação de crianças em até quatro horas — o que, na prática, tem sido impossível diante da lotação. “Estamos vivendo uma situação muito semelhante à que vivemos na pandemia da Covid-19. Sim, tivemos pessoas que morreram por falta de leito, e tivemos pessoas que morreram mesmo no leito. E isso está voltando”, lamentou.
Com a chegada do inverno e o clima seco, Ivonete teme que o cenário piore ainda mais. “As pessoas se agasalham, fecham portas e janelas… é um ambiente propício para a proliferação da gripe. Precisamos agir, e a vacina é a única arma que temos dentro da atenção primária”, finalizou.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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