Daniel Marques
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Levantamento realizado pela reportagem do jornal A Cidade junto à Secretaria Municipal da Saúde de Votuporanga mostra que, em média, pelo menos uma pessoa é picada por escorpião por dia na cidade.

Somente nos seis primeiros meses de 2025, foram registrados 249 casos de acidentes envolvendo escorpiões. Apesar do número elevado de ocorrências, não houve nenhuma morte neste período, nem em 2024. No ano passado, ao todo, 389 pessoas foram picadas.

Para combater o problema e tentar reduzir os riscos de acidentes, a Vigilância Ambiental realiza ações contínuas de busca ativa em áreas de reserva ambiental e em locais previamente mapeados com maior incidência de escorpiões. Essas ações incluem a captura das espécies, principalmente por meio de varreduras noturnas utilizando luz negra, técnica que facilita a localização dos aracnídeos.

Além da captura, agentes realizam visitas aos imóveis da cidade, com o objetivo de orientar os moradores sobre medidas de prevenção quanto à entrada e proliferação dos escorpiões, bem como sobre os cuidados diante da ocorrência de acidentes. Entre as orientações repassadas, está a importância de manter quintais e ambientes internos limpos, livres de materiais que possam servir de abrigo ao animal.

A Secretaria Municipal da Saúde destaca que a colaboração da população é fundamental no enfrentamento ao problema. A pasta orienta que objetos como materiais de construção, tijolos, telhas, madeiras e aglomerados, quando não puderem ser descartados, devem ser armazenados de forma adequada, sempre elevados do solo e afastados de paredes e muros.

Ao jornal A Cidade, a Secretaria afirmou: “é importante também sempre tapar as frestas das portas, manter os ralos fechados, principalmente ralos de banheiros, pias, tanques, colocar telas nos ralos externos no quintal, olhar sempre as roupas e sapatos antes de vestir e calçar, afastar camas e sofás das paredes, evitar que edredons, cobertores e lençóis alcancem o chão, chacoalhar toalhas de banho antes de usar, evitar andar descalço e inspecionar sempre as caixas de brinquedos das crianças”.

A Vigilância Ambiental segue monitorando os pontos críticos da cidade e reforça que, em casos de acidentes, a população deve procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.