Entradas e saídas do Sonho Meu e da antiga Colônia da Fepasa ficaram interditadas por horas por causa de vagões de um trem
Moradores voltaram a ficar presos dentro de seus bairros por conta de um trem interditando o cruzamento (Foto: Arquivo pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Um velho problema voltou a atrapalhar a vida dos moradores da zona Sul de Votuporanga. Vagões de uma composição supostamente quebrada interditaram por horas as passagens de nível que dão acesso ao Sonho Meu e à antiga Colônia da Fepasa, impedindo os moradores de seguirem para os seus trabalhos. Muitos relataram que chegaram atrasados e alguns até perderam seu dia de serviço.
A reclamação é de longa data e já superou diversas gestões municipais, sem que algo de concreto fosse feito para solucionar o problema, que é muito mais frequente do que se imagina.
“Isso não é uma coisa que uma vez acontece e a outra não, está se tornando muito frequente. Hoje eu acordei era 6h10 e o trem já estava parado. Saí para trabalhar as 6h50 e ainda estava parado, então as pessoas começaram a se arriscar e elas mesmo soltaram um dos vagões e começaram a passar de moto, a pé e de bicicleta e os carros estavam tendo que dar a volta. Tinha um monte de gente parada”, disse Andressa Aparecida Morais.
Ao mesmo tempo, o trem também impediu a saída dos moradores da antiga Colônia da Fepasa, só que com um agravante: lá, o cruzamento é a única forma de entrar e sair do bairro, já que uma estrada de terra que servia como desvio em situações assim foi interditada recentemente pela Prefeitura.
“Já faz uma hora que o trem está parado aqui, eu tinha que entrar às 7h para trabalhar e estou nessa situação. Fecharam aqui [estrada de terra] e não tem como passar, moto até passa, mas carro não, e aí, quem vai pagar esse tempo perdido? Vai saber quanto tempo esse trem vai ficar aqui parado e todo mundo aqui esperando para ir trabalhar. Indignado com uma situação dessa que estamos passando, nessas horas não vem um político aqui. Não aguento mais isso”, disse Anderson Marcel Pera, em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Desbloqueio
Horas depois da reclamação, o vice-prefeito, Cabo Valter (MDB), esteve na antiga Colônia da Fepasa e informou que ainda ontem a Prefeitura iria realizar o desbloqueio da estrada de terra que servia como desvio em situações como essa.
“Esse espaço aqui se transformou em um grande lixão e por isso foi feita essa barreira para impedir o descarte de lixos e entulhos aqui. Hoje teve esse grande problema aqui e o Jorge [Seba] solicitou ao secretário Salvador [Castrequini – Obras] e essa passagem estará sendo reaberta hoje. Construiremos uma cerca de isolamento onde havia o descarte indevido de lixo e essa passagem estará sendo aberta para que não ocorra mais isso”, afirmou o vice-prefeito.
Solução
A abertura de uma rua de terra como alternativa está longe de ser uma solução para o problema. Questionada, a Prefeitura não informou se tem projetos para resolver a questão de forma definitiva.
Em suas redes sociais, no entanto, o prefeito Jorge Seba (PSDB) informou a um munícipe que logo que soube do caso, sua equipe entrou em contato com a empresa Rumo, que é a responsável pela linha férrea que corta o município.
“Obras de transposição serão realizadas pela concessionária, que solucionará de vez esse problema que também é vivido em outros municípios que são cortados pela linha férrea”, postou o prefeito.