Com dúvidas, muitos ainda não abriram e aguardam um posicionamento do Ministério Público para se preparar
: Aos poucos os clientes estão voltando a consumir nos estabelecimentos da cidade, o que tem animado os comerciantes (A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O fim de semana foi de retomada em Votuporanga. Graças ao Decreto Municipal nº 12.590, que “antecipou” a fase amarela do Plano SP para a cidade, bares, restaurantes e lanchonetes dos quatro cantos do município voltaram a atender o público presencialmente ainda de forma tímida, mas comerciantes já comemoram e torcem para que não haja um retrocesso.
Aos poucos os clientes voltaram a consumir nos estabelecimentos da cidade. Logo após o anúncio do decreto, comerciantes e colaboradores se mobilizaram para tirar o pó das cadeiras e mesas que já não eram montadas há tempos, e correram para renovar os estoques, com cautela, para servir seus clientes.
"Tivemos um movimento muito bom desde que pudemos abrir as portas para o público presencial, graças a Deus. Nós estávamos numa situação muito complicada para trabalhar nesses últimos meses, somente com o delivery, era bem difícil. Com isso, o pessoal veio bastante. No sábado, ainda estávamos meio receosos em abrir, pelo fato de já termos tomado multas antes, tinha o medo de tomar outra. Colocamos três mesas e o pessoal veio para cá, curtir com os amigos. O bilhar não está liberado, atendemos somente para alimentação. Hoje colocamos mais algumas mesas lá fora, antes cada um falava uma coisa, agora estamos mais esclarecidos. Com esse pessoal voltando, já vimos um retorno imediato em nosso caixa e a previsão é que cresça cada vez mais", disse Viviani Gonçalves Costa, gerente no Bar do Portuga.
Já a Padaria Ki Pão preferiu voltar a atender o público presencialmente apenas no domingo e já sentiu de cara a diferença nas vendas. "Com o decreto lançado na sexta-feira, no sábado nós atendemos com todas as restrições e já no domingo nós liberamos a presença do público. E já deu uma grande alavancada em nossas vendas, muito porque o pessoal já estava esperando para vir até aqui, já estava querendo sair de casa., além de que muitos já tinham o costume de vir até aqui, frequentar aos domingos com a família, principalmente no café da manhã", completou Valéria Gardini, proprietária do estabelecimento.
Já Maykon Keller Biasi, funcionário da Pão, queijo e Cia, disse que o movimento no fim de semana foi fraco, mas acredita em uma melhora nos próximos dias. "Abrimos no sábado e no domingo, mesmo com a permissão para o público frequentar o movimento não foi tão grande, tanto pela falta de informação como muitas pessoas sentem medo de sair de casa. Mas acredito que a partir de agora o movimento e as vendas vão melhorar", concluiu.
Pé atrás
Outros comerciantes, no entanto, ainda estão com um "pé atrás" em relação a decisão. É o caso de Diego Anoni, do "Seu Santo Bar". Segundo ele, a principal preocupação está em reabastecer o estoque e depois ter que fechar e perder tudo.
"As UTIs estão lotadas e os casos continuam em evolução, além das informações serem totalmente desencontradas. Estou planejando para voltar nesse fim de semana, mas olhando sempre essa questão da flexibilização, pois parece que o Dado está desobedecendo o Estado, aí ficamos no meio", disse o comerciante.