Rogério Pereira Nascimento, o Barba, se apresentou ontem à tarde na cadeia pública
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Um mês após ter se apresentado para depoimento na DIG, e em seguida ter sido declarado foragido pela polícia, Rogério Pereira Nascimento, de 34 anos, conhecido como o “Barba” se entregou ontem às autoridades e está recolhido na cadeia pública de Votuporanga. Barba é suspeito confesso do homicídio do empresário André Luiz Molina, dentro de uma loja de conveniência no dia 17 de junho e deve responder o processo em reclusão.
O suspeito chegou à cadeia por volta das 14h em companhia de familiares e de seus advogados, Gésus Grecco, Douglas Fontes e Edimilson de Oliveira. Aparentando tranquilidade, ele abraçou os advogados e calado ao prédio da cadeia. Em entrevista ao A Cidade, Douglas Fontes disse que o cliente manifestava desejo de responder o processo em liberdade. "Ele nos pediu que agíssemos em todos os meios legais para que respondesse pelo crime em liberdade. Primeiro pedimos a revogação da prisão, mas foi negada pelo juiz Antônio Carlos Francisco. Agora, enquanto estamos aguardando o pedido de habeas corpus ele decidiu achou melhor se entregar", afirmou o advogado. A decisão deve demorar cerca de 90 dias, Nesse período, Barba ficará à disposição da Justiça recolhido em alguma unidade prisional da região.
Hoje completa um mês que o suspeito se apresentou na DIG (Delegacia de Investigações Gerais), onde confessou o crime ao delegado João Donizete Rossini, alegando legítima defesa. Na ocasião, Barba prestou depoimento por cerca de duas horas.Segundo a versão apresentada por ele, houve discussão com a vítima devido um desacordo trabalhista, e após iniciarem luta corporal, acabou pegando uma faca para se defender, já que o comerciante também estaria armado e aplicou os 13 golpes contra André. "Segundo o suspeito, a vítima teria xingado a mãe e o filho dele e iniciado as agressões", explicou o delegado.
Desta forma, a arma deixada no local do crime não foi a utilizada pelo autor no homicídio, mas sim, pelo comerciante. Após ter cometido o homicídio, o suspeito teria levado a arma embora consigo. Logo após prestar depoimento, o acusado foi liberado e fugiu.
Um mandado de prisão temporária foi expedida, mas tanto o efetivo da Polícia Militar, quanto diligências dos policiais civis da DIG, não conseguiram localizar Barba. na época, os advogados disseram à polícia que não sabiam do paradeiro do suspeito e que não havia interesse no sumiço dele, que chegou a ser procurado até em outras cidades.