O suspeito Eli Francisco Medeiros voltou ao local do assassinato e colaborou com os trabalhos
Jociano Garofolo
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Foi realizada ontem a reconstituição do assassinato do jovem Ricardo Rosa Sangaletti, de 22 anos, que morreu após se atingido com três golpes de faca, na noite do último dia 7 (feriado de Corpus Christi), em um prédio residencial, localizado na avenida José Marão Filho, entre as avenidas Wilson de Souza Foz e Brasil. O único suspeito da autoria do crime, Eli Francisco Medeiros, de 31 anos, preso desde a noite do crime, aceitou participar do procedimento.
Os trabalhos começaram por volta das 9h40 e foram coordenados pelo delegado de polícia Gilberto Jesus N. de Freitas. Policiais civis, peritos da Polícia Científica e testemunhas, entre elas a ex-amásio de Eli e moradora do apartamento onde aconteceu o crime, A.R.S.M., de 23 anos e o soldador R.J.S., de 26 anos, que chegou a perseguir o suspeito pelas escadarias do prédio após o homicídio, ajudaram a contar passo a passo os fatos que desencadearam a morte de Ricardo.
Eli Francisco Medeiros foi levado sob escolta policial para a reconstituição. Trajando uniforme do sistema prisional, ele começou a chorar assim que subiu as escadarias rumo ao apartamento. Em primeiro lugar, os policiais reconstituíram o homicídio de acordo com a versão das testemunhas. O crime teria ocorrido no interior de um quarto, após autor e vítima entrarem em luta corporal. Na versão das testemunhas, o suspeito trazia uma faca de 20 centímetros de lâmina na cintura, que foi utilizada para aplicar três golpes contra Ricardo Sangaletti. Após cometer o crime, o autor saiu correndo, enquanto a vítima se arrastou até o corredor, onde recebeu ajuda dos vizinhos.
Já a versão de Eli é semelhante a das testemunhas, com excessão de um detalhe. Segundo o suspeito aos policiais, a faca utilizada no crime não foi levada ao apartamento por ele, mas encontrada na cozinha. Os trabalhos de reconstituição duraram pouco mais de uma hora.
Segundo o delegado Gilberto de Freitas, o procedimento ocorreu de maneira satisfatória. As fotos da reconstituição serão anexados ao inquérito policial sobre o caso e devem ser utilizadas pelo Ministério Público, por meio do promotor Eduardo Martins Boiati, para a elaboração da denúncia contra o suspeito.
Crime
O crime ocorreu no dia 7, por volta das 21h, no bloco A, apartamento 34 do prédio. A vítima foi encontrada caída ao solo, apresentando ferimentos de perfurações no abdome e na perna esquerda. Ricardo chegou a ser socorrido mas faleceu horas depois. A força policial da cidade foi acionada e a equipe da Força Tática prendeu o suspeito momentos depois, no banco traseiro de um automóvel, ao que tudo indica, se preparando para fugir.