Andressa Aoki
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O jornal A Cidade recebeu a ilustre presença do presidente da Associação dos Funcionários da Polícia Civil de São Paulo, Hilkias de Oliveira, para falar sobre a atuação da entidade, que possui 12 mil associados. Ele ressaltou que a luta é por melhores salários.
O presidente afirmou que defende formação de nível superior para os cargos de escrivão e investigador. “Já está na lei 1067/2008 , mas eles ainda não pagaram o valor correspondente por nível superior. A categoria está desmotivada”, enfatizou.
Hilkias contou que foi formada uma comissão de estudos para a implantação da lei complementar 1151/2011. “Esta lei estuda a implantação destes salários. Cobramos esta ação do governo e foi nomeada uma comissão, que estuda a materialização da legislação da 1067/2008”, complementou.
Ele ressaltou que a segurança pública deve ser valorizada. “O policial coloca sua vida em risco, é uma profissão insalubre, perosa e perigosa e que não é reconhecida”, destacou.
O presidente da Associação disse que é dever da Polícia Civil trabalhar obedecendo os direitos humanos e enfrentando o crime organizado. “São Paulo tem enfrentado toque de recolher para o crime organizado”, falou.
Questionado sobre a unificação dos distritos policiais, Hilkias afirmou que a ideia é excelente. “Haverá uma reestruturação das carreiras de segundo grau e de nível fundamental, formaremos o agente policial, mas as atividades de cada carreira serão preservadas. Estimulará o trabalho coletivo”, frisou.
O fechamento dos distritos policiais e delegacias especializadas nas cidades de Rio Preto, Catanduva, Mirassol e Votuporanga faz parte de um processo que o Estado chama de “reengenharia”, mas na prática vai reduzir drasticamente o serviço prestado à população.
Em Votuporanga, apenas os três Distritos Policiais (bairros Pozzobon, São João e na área central) serão aglutinados. As delegacias especializadas (DDM, DIG e Dise), Seccional e Plantão, continuam com os atendimentos sendo realizados no mesmo local.
Hilkias elogiou o trabalho do delegado seccional José Maurício Rodrigues. “É um competente delegado”, complementou.
Ele frisou que a Polícia Civil realiza trabalho de policial judiciário. “É diferente do da PM. A Polícia Militar realiza o preventivo. Quando não resolve, acontece o crime e a Civil atua , fazendo o inquérito, buscando as provas de autoria para que o caso seja encaminhado para o Judiciário. Por isso que a valorização destes profissionais é tão importante”, finalizou.
Hilkias de Oliveira participou de uma reunião ontem em Votuporanga para discutir as aspirações da categoria.