Advogado criminalista Marcus Gianezi prevê julgamento de acusado para final do mês
Jociano Garofolo
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O julgamento de Manoel Américo da Costa, de 67 anos, acusado de matar e atear fogo na jovem Priscila de Souza, em setembro de 2012, em um canavial ao lado na estrada vicinal Adriano Pedro Assi (27), deve ser agendado ainda para o mês de maio. A previsão é do advogado criminalista Marcus Gianezi, mas a definição da data cabe ao juiz de direito Jorge Canil. Manoel está preso desde a noite do crime.
Em entrevista exclusiva ao jornal A Cidade, Gianezi, que defende o acusado, afirmou que amanhã, dia 2, ele deve devolver o processo, ação que deixa o juiz em condição de marcar o julgamento. "Como o Manoel está preso em Andradina, tem um prazo mínimo de 15 dias para que o sistema penitenciário se organize para transportá-lo para o julgamento. Assim, pela experiência que tenho de 14 anos como advogado, acredito que o julgamento será marcado para após a primeira quinzena de maio. Como o juiz Jorge Canil costuma marcar júri às sextas-feiras, e por se tratar de um caso com processo complexo e que comoveu a opinião pública, a minha previsão é de que o julgamento aconteça entre os dias 18 e 25 de maio, ou na primeira sexta-feira do mês de junho. Mas a decisão compete ao juiz", explicou.
Por estar preso desde a noite do dia 3 de setembro de 2010, por ter idade avançada e outros motivos, o julgamento de Manoel Américo da Costa tem preferência no agendamento de datas, com relação a outros casos. O Conselho de sentença poderia até ter ocorrido antes, mas a defesa do acusado entrou com recurso junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, contra a pronúncia da autoria do crime e suas qualificadoras, mas os argumentos foram negados pelos desembargadores.
Segundo a denúncia do Ministério Público, acatada pela Justiça local e pelo TJ, o acusado, inconformado com o fato da vítima, Priscila, pretender romper o relacionamento amoroso que mantinham, e estando os dois no veículo do réu, rumaram em direção à estrada Adriano Pedro Assi (27). Em determinado trecho, junto a um canavial, Manoel parou o carro e sem que a vítima pudesse se defender, pegou uma gravata que levava no veículo, colocou no pescoço da moça e a enforcou.
Ainda segundo a denúncia, a superioridade física do acusado impediu qualquer chance de defesa, tendo Priscila falecido de asfixia, após sofrimento prolongado. Em seguia, ele retirou o corpo do veículo e o colocou em um canavial, incendiando a vegetação ao redor com fósforos que levava consigo. Esta versão teria sido admitida pro Manoel, na presença de um representante do Ministério Público.