Adolescente de 15 anos permanece apreendido na Cadeia local e tem causado tumulto na cela
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
O menor de idade G.A.G, vulgo “Gui”, de 15 anos, que confessou ser o autor do disparo que matou Rogério Alex Barbosa no dia 9 de abril, e que foi apreendido na última quarta-feira (18) por policiais da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), ateou fogo em dois colchões da cela da Cadeia Pública local, onde está custodiado. O adolescente confessou ter atirado alegando que foi ameaçado, após cobrar da vítima uma dívida de R$10.
O delegado Antônio Marques do Nascimento, diretor interino da Cadeia Pública, lavrou boletim de ocorrência de ato infracional por dano, desacato e resistência contra o menor, na Dise. No dia da apreensão de G.A.G, foi encontrado com ele uma porção de maconha que estava no bolso de sua bermuda e também estava no mesmo local, A.O.G.S, vulgo “Nê”, de 18 anos, primo de “Gui”, que também é apontado como um dos indivíduos que participaram do homicídio.
Na residência, também estava o irmão de “Gui”, R.S.G. vulgo “Monstrinho”, de 18 anos que também foi apreendido, pois, estava foragido de uma casa de custodia da cidade de Fernandópolis.
Morto por R$10
Na manhã de ontem, o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), João Donizete Rossini, responsável pelo caso, contou à reportagem do jornal A Cidade detalhes sobre o depoimento prestado pelo adolescente, no dia em que foi apreendido epla Dise. Rossini confirmou a informação de que Rogério Alex Barbosa, segundo o suspeito, teria sido morto por uma dívida de R$10.
"A vítima era dependente químico. O adolescente estava com uma pedra de crack na mão e acabou entregando ao Rogério, que teria se recusado a pagar R$ 10, o preço do entorpecente", explicou o delegado. Ainda segundo a versão do menino à polícia, no momento do crime, ele e outros três indivíduos foram até a casa onde a vítima estava cobrar a suposta dívida.
O suspeito afirmou que Rogério, além de negar o pagamento dos R$10, ainda teria feito ameaças contra G.A.G., que armado, disparou um tiro certeiro, que atingiu a cabeça da vítima. O revólver utilizado no crime não foi localizado. O inquérito sobre o crime deve ser concluído até o final da próxima semana.
Foi o segundo homicídio esclarecido pela Polícia Civil de Votuporanga em uma semana. "O trabalho foi ótimo. Nosso setor de investigação atuou dia e noite para resolver os casos", comentou Rossini. O outro assassinato esclarecido foi o de uma mulher, M.R.L., de 42 anos, cujo filho foi preso suspeito de ter causado ferimentos que a levaram à morte, em um sítio no bairro rural do Cruzeiro.