Iniciativa que promove a valorização da neurodiversidade no ambiente profissional foi lançado no CIT, do Parque da Cultura neste sábado (18)
Projeto Micronarrativas Atípicas apresenta baralho educativo sobre o autismo adulto e o mercado de trabalho (Foto: Divulgação)
O projeto cultural “Micronarrativas Atípicas: O autismo adulto e o mercado de trabalho” foi lançado oficialmente neste sábado (18), no Centro de Informações Culturais (CIT) “Marão Abdo Alfagali”, no Parque da Cultura. O evento, direcionado a profissionais de RH e psicólogos, alcançou seu objetivo de iniciar um diálogo sobre a inclusão de pessoas autistas adultas nesses espaços.
Um dos pontos altos foi a interação com o público. Os participantes trouxeram perguntas e reflexões sobre o projeto e sobre a aplicação de práticas de acolhimento no ambiente corporativo, transformando a sessão em um verdadeiro fórum de discussão.
O baralho de micronarrativas, material central do projeto, foi desenvolvido pela publicitária Aline Moreira Bençal, com A consultoria da psicóloga Elaine Fogaça. Cada carta apresenta uma história curta inspirada em relatos reais de pessoas autistas adultas, abordando vivências cotidianas, desafios no ambiente de trabalho e percepções sobre a inclusão.
O recurso pode ser utilizado em dinâmicas de grupo, treinamentos corporativos e rodas de conversa, servindo como ferramenta prática para estimular empatia, reflexão e sensibilização entre equipes. O design foi pensado para facilitar o uso em diferentes contextos, com linguagem acessível e ilustrações que reforçam a diversidade das experiências apresentadas.
Aline destacou a relevância da participação dos presentes. “O lançamento mostrou que há uma demanda por ferramentas que facilitem a inclusão. O sucesso do evento está na disposição do público em ir além da conscientização; trata-se de adotar a neurodiversidade como um valor e abrir caminhos para o crescimento profissional dos autistas.”
Já a psicóloga ressaltou a importância do acolhimento. “A troca de ideias com os participantes reforçou que o caminho para uma inclusão efetiva é o entendimento mútuo. Nosso objetivo com o baralho é desmistificar o autismo adulto e garantir que as empresas possuam o conhecimento necessário para que esses profissionais encontrem um ambiente de desenvolvimento”, explicou Elaine.
A chefe de Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria da Assistência Social de Votuporanga, Roberta Elisa Resler, participou do encontro e elogiou a proposta. “Foi uma roda de conversa muito enriquecedora, pois esse projeto ajuda a desmitificar o autismo adulto nas corporações. É fundamental trazer à tona um tema importante e continuar ampliando essa discussão para construir espaços mais acolhedores. As narrativas abrem uma janela para que pessoas típicas compreendam, de forma sensível, um pouco do que é viver o mundo sendo autista.”, pontuou.
“O Narrativas Atípicas tem um propósito de desmistificar tabus, algo bastante comum no meio corporativo. O uso de um baralho com informações práticas se mostrou uma ferramenta simples e eficaz para promover a inclusão. O projeto contribui para a construção de ambientes mais acessíveis, valorizando a diversidade e o potencial de cada colaborador”, enfatizou a chefe de Departamento de Desenvolvimento Organizacional da Prefeitura de Votuporanga, Camila Bergamim dos Santos Sargi.
A iniciativa foi viabilizada pelo Programa Bolsa Cultura 2025, da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Votuporanga. Para obter mais informações sobre o “Narrativas Atípicas”, basta entrar em contato pelo @alinabencal.