Evento reuniu autoridades, familiares e comunidade em alusão ao Setembro Verde, mês da pessoa com deficiência
Exposição “Além dos Olhos” mostrou talentos e histórias de pessoas com deficiência atendidas pelo Idav (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O Idav (Instituto Deficiente Audiovisual de Votuporanga) promoveu na manhã de quarta-feira, 24, um evento em alusão ao Setembro Verde, mês dedicado à inclusão da pessoa com deficiência. A principal atração foi a exposição “Além dos Olhos”, que apresentou fotografias de homens e mulheres com deficiência visual ou auditiva atendidos diariamente pela instituição.
O evento contou com a presença da secretária municipal de Assistência Social, Meire Azevedo, da diretoria do Idav, além de familiares, assistidos e representantes da comunidade. Apesar de nenhum vereador de Votuporanga comparecer, o Poder Legislativo esteve representado pelo vereador de Mirassol, Kauai Ferreira (PL), que afirmou não haver em sua cidade uma instituição com a mesma estrutura do Idav, destacando seu compromisso em defender políticas públicas de inclusão.
Em entrevista ao
A Cidade, o presidente do Idav, José Rubens Ferreira, explicou que a iniciativa busca sensibilizar a comunidade para além do discurso. Segundo ele, a exposição nasceu de uma necessidade de mostrar o potencial das pessoas atendidas.
“A exposição Além dos Olhos nasce do desejo de mostrar que a deficiência não limita talentos nem sonhos. Tudo foi preparado com muito carinho, dedicação da equipe e dos atendidos, que aceitaram compartilhar suas histórias no rosto para sensibilizar a nossa comunidade”, destacou.
Para José Rubens, a iniciativa é importante porque gera conscientização tanto em quem visita a exposição quanto nos próprios participantes.
“Esses momentos são fundamentais para conscientizar a sociedade. E a felicidade deles é contagiante. Quem passa pela exposição vê no rosto deles a alegria de poder contar um pouco de sua história por meio de uma fotografia”, completou.
Ele também destacou que o maior desafio não está apenas nas limitações físicas ou sensoriais das pessoas com deficiência, mas na barreira social.
“As pessoas com deficiência enfrentam não só a limitação física ou sensorial, mas também a falta de informação e, o maior de todos, o preconceito. Muitas vezes, elas são vistas como um peso. É contra isso que lutamos. Falar de inclusão é muito fácil. Difícil é tirá-la do papel e torná-la realidade. É para isso que estamos aqui”, concluiu.