Com reajuste, o valor do botijão de gás em Votuporanga deve chegar a R$ 60; atualmente o preço vai de R$ 48 a R$ 55
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
O gás de cozinha deve ficar mais caro a partir do mês que vem. O reajuste pode variar de 7,9% a 8,84%, conforme divulgações das distribuidoras. Para a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (ASMIRG-BR), o aumento pode alcançar 10%. A justificativa é a reposição da inflação nos últimos 12 meses e reajustes salariais dos trabalhadores das engarrafadoras.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gás em Geral (Singasul) do Estado, Ronaldo Tonet, não há informações oficiais repassadas ao sindicato sobre o reajuste. “O valor oscila nas revendas, porque cada companhia sabe do seu custo, dependendo do local o preço varia”, comenta Tonet. Ele salienta que as revendas tem liberdade para fixar seus preços.
No mesmo período do ano passado, o gás era reajustado em 15%. O motivo era o aumento repassado pela Petrobras. Neste ano, o presidente da Singasul salienta que não houve elevação de preços aplicados pela estatal.
Confira o valor aplicado
A reportagem do A Cidade pesquisou o valor do gás de cozinha comercializado na cidade. O botijão de 13 quilos pode ser encontrado nas revendas a partir de R$ 48. Apesar de ser o valor mais baixo localizado, o gerente administrativo do estabelecimento, Diogo Borges de Oliveira, já revela o reajuste de 7%, previsto para setembro.
“Os reajustes sempre prejudicam a venda, ano passado aconteceu isso e depois tivemos que abaixar o preço porque as pessoas diminuíram as compras. Agora em ano de crise as coisas se complicam ainda mais, mês passado, por exemplo, minhas vendas caíram 14%”, disse o gerente.
Em outros locais da cidade o consumidor compra o gás por R$50 ou até R$ 55. A maioria das revendas ouvidas revelou desconhecer o percentual de reajuste que será aplicado pelos fornecedores a partir de setembro, mas a expectativa não é a das melhores. “O país não está passando por um bom momento, as pessoas estão cortando os gastos já faz um tempo, quando tem reajuste assim nunca é algo positivo. Infelizmente a gente deixa de vender um pouco”, contou João Evangelista, dono de uma das revendedoras de gás da cidade.