Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Seja incrivelmente bem-vindo à 32ª semana do ano.
E, para iniciarmos o nosso encontro, quero que você pare um instante e defina qual é a sua intenção para o agora. A intenção traz atenção. E tudo aquilo que recebe atenção cresce.
Na semana passada falamos sobre o tempo e como ele se perde nas distrações. Hoje vamos avançar no mesmo caminho, porque nunca estivemos tão expostos a elas. Ansiedade, depressão e burnout já colocam o Brasil no topo dos rankings mundiais. Vivemos conectados às telas, mas cada vez mais afastados da vida real.
Para ilustrar, quero compartilhar um episódio recente, já mencionado na semana passada. Em um show do Coldplay, a famosa “câmera do beijo” projetou no telão um casal que se s Até aí, nada demais. Mas havia um detalhe: aquelas duas pessoas eram casadas com outras. A cena foi filmada, viralizou nas redes e rapidamente se tornou assunto de distração coletiva.
O que veio depois foi ainda mais surpreendente. Surgiu o perfil da suposta “filha do CEO” envolvido no episódio. Em poucos dias, ela já somava mais de 100 mil seguidores. Seus vídeos ultrapassaram 3,5 milhões de curtidas. Só que havia um problema: o CEO não filha. Era um perfil falso, criado com imagens falsas. E, ao final de toda essa exposição, a personagem usou a atenção conquistada para divulgar um aplicativo de meditação. Uma grande mentira!
Esse é o retrato das distrações. A vida real é transformada em espetáculo. A imaturidade coletiva se alimenta da fofoca. E muitos, sem perceber, entregam horas de suas vidas para uma mentira.
Pesquisas mostram que passamos, em média, 5 horas e 30 minutos por dia diante das telas. Mas a vida não acontece ali, a vida acontece fora delas. A vida é real, não é ideal.
Costumo brincar com isso nas minhas próprias redes. Às vezes compartilho um minuto correndo a 12 km/h. E sempre escrevo: “a vida é real e não é ideal.” Porque a verdade é que corro só aquele minuto. Os outros quarenta são a 4 km/h, caminhando. O que aparece é um recorte. E quase sempre o recorte é o ideal.
É sobre isso que quero provocar nesta semana: volte para a sua vida. Para o que é seu, o que faz parte da sua missão aqui.
E, para ajudá-lo a colocar em prática, deixo três passos simples e profundos:
1. Defina a intenção: antes de qualquer atividade, pergunte-se qual é a sua intenção agora; a intenção organiza a atenção.
2. Coloque foco no que é seu: dedique energia ao que acrescenta, traz conhecimento e fortalece sua vida e suas relações.
3. Cultive presença: o cérebro só funciona plenamente no aqui e agora.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Convido você a aplicar esses três passos ao longo da semana. A vida é real, não ideal. E, quando voltamos a ela, descobrimos a força da presença.
Seguimos pela vida real, em busca de um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um mundo melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +