O espaço, destinado ao atendimento de animais em situação de vulnerabilidade, está atualmente em fase de adequações
O espaço, no entanto, não funcionará como um abrigo para receber animais que as pessoas não desejam manter sob sua responsabilidade (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Daniel Marques
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O abrigo para cães do município de Nhandeara está passando por um processo de melhorias, conforme informou a Prefeitura. O espaço, destinado ao atendimento de animais em situação de vulnerabilidade, está atualmente em fase de adequações e será concluído com uma série de melhorias estruturais e operacionais.
De acordo com a administração municipal, o abrigo integra o Serviço de Proteção Animal, coordenado pela Prefeitura sob a gestão do prefeito Junior Nascimento e do vice-prefeito Marcelo Silveira. A iniciativa tem como finalidade o resgate de animais abandonados que estejam doentes, que tenham sido vítimas de maus-tratos e o fornecimento de suporte a tutores de baixa renda. O espaço, no entanto, não funcionará como um abrigo para receber animais que as pessoas não desejam manter sob sua responsabilidade.
A Prefeitura esclareceu que o serviço está sendo implementado pela primeira vez na cidade e que sua efetividade dependerá também do envolvimento da população. Em nota oficial, o município destacou: “Como este serviço está sendo implantado pela primeira vez, contamos com a compreensão, colaboração e participação da comunidade para aprimoramento e desempenho dos trabalhos que estão sendo feitos com muita seriedade e responsabilidade, visando uma política de saúde pública e zoonoses”.
Além das melhorias no espaço, a Prefeitura segue com o programa de castração gratuita de cães e gatos, tanto os que vivem nas ruas quanto aqueles sob os cuidados de tutores de baixa renda. Os animais resgatados, em número limitado, estão sendo identificados por meio de chips e disponibilizados para adoção responsável.
As políticas públicas voltadas à causa animal são fundamentais para garantir o bem-estar dos animais e promover uma convivência mais harmoniosa entre humanos e outras espécies. Elas representam o reconhecimento, por parte do poder público, de que os animais não são apenas objetos ou propriedade, mas seres sencientes, que sentem dor, medo e afeto, e que precisam de proteção, cuidado e respeito.
Por meio dessas políticas, é possível estruturar ações concretas, como programas de castração, campanhas de vacinação, fiscalização de maus-tratos, incentivos à adoção responsável e educação ambiental. Essas medidas contribuem para o controle populacional ético de animais em situação de rua, previnem doenças transmissíveis e reduzem casos de abandono e violência.
Além do aspecto ético, as políticas públicas para a causa animal estão diretamente ligadas à saúde pública. Animais doentes ou em situação de abandono podem se tornar vetores de zoonoses, que são doenças transmissíveis aos humanos, como raiva, leishmaniose e esporotricose. Assim, o investimento em proteção animal também é uma medida de prevenção sanitária e segurança coletiva.
A criação e manutenção de centros de acolhimento temporário, serviços de resgate e atendimento veterinário emergencial para animais em risco, bem como o suporte a tutores de baixa renda, são exemplos de ações que fortalecem a proteção animal e refletem o compromisso de uma sociedade mais justa e empática.