Thiago Maranho e Gisele Rodrigues aguardam definição da defesa; réus são acusados de homicídio no Jardim dos Pinheiros
Crime aconteceu em maio de 2013; em reconstituição feita pela Polícia um mês depois, duas armas teriam sido usadas
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
O primeiro júri popular de 2015, ao que tudo indica, será de um caso que causou grande comoção no bairro Jardim dos Pinheiros em 19 de maio de 2013. Thiago Maranho Fernandes e Gisele Rodrigues Hildebrando dos Santos têm os nomes indicados para o banco do réus e é aguardada apenas manifestação dos advogados de defesa para o agendamento da data. Eles vão responder por homicídio qualificado de Leandro Custódio dos Santos, 35 anos.
O crime aconteceu na manhã de um domingo. A vítima foi até a casa da moça, sua ex-companheira, onde teria se iniciado uma briga com Thiago, namorado da mulher e que estava na residência. O rapaz foi preso por ter matado a vítima com golpes de facão e a mulher, dias depois, por segundo a polícia, ter ajudado a acobertar o crime.
Segundo o juiz Jorge Canil, em ação divulgada no Diário Oficial, é aguardada a manifestação dos defensores por mais cinco dias, “sob risco de ser nomeado defensor dativo para fazê-lo, consignando-se que se trata de processo de réu processo, que exige tramitação célere”. Após a definição da situação, a data do júri será agendada.
Pronúncia
Thiago e Gisele foram pronunciados, ou seja, indicados pelo juiz a responder pelo crime em júri popular em outubro do ano passado. A vítima foi assassinada com cerca de 15 golpes de facão ou faca, na rua Germano Robach, no bairro Jardim dos Pinheiros. O rapaz era ex-marido de Gisele e teria brigado com Thiago, namorado dela..
Os réus estão presos desde a época do crime. Na sentença de pronuncia, o juiz da 4ª Vara negou o pedido de liberdade do casal. Os acusados vão a júri de assassinato com agravantes de motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e utilização de meio cruel no crime.“...Nego aos réus o direito de recorrer em liberdade. Isto porque existem motivos ensejadores das prisões preventivas, notadamente para a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal...”, diz o juiz.
Crime
Leandro foi à casa da ex, descumprindo uma medida protetiva que o impedia de se aproximar dela. Em depoimento à polícia na época, Thiago Maranho Fernandes assumiu ser o autor do assassinato e alegou que cometeu o crime em legítima defesa. Em todo momento, ele alegou que desferiu golpes de faca e facão contra Leandro porque temia pela vida dele e da namorada, Gisele.