T.M.M., 22 anos, foi levada na noite da última quarta-feira para Cadeia de Nhandeara; mulher relatou que filha tentou protegê-la
João Elídio dos Santos faleceu no Colinas; corpo dele foi sepultado ontem à tarde
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Uma situação extrema, que terminou em tragédia. É assim que pode ser definida a noite da última quarta-feira (12) para a família moradora na rua Jair Antônio Nogueira, nº3370, no bairro Colinas, em Votuporanga. Durante uma violenta briga no interior da casa, uma jovem de 22 anos esfaqueou o padrasto de 38, para tentar proteger a mãe. Como resultado, o homem terminou assassinado e a jovem foi presa e transferida para a Cadeia Feminina de Nhandeara.
A enteada T.M.M., de 22 anos de idade, que está grávida, sofreu um ferimento no dedo mínimo na mão esquerda após a briga e foi encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa local. Em seguida, foi encaminhada para o Plantão Policial, onde recebeu voz de prisão por homicídio pelo delegado plantonista Gilberto Jesus de Freitas. A partir de agora, ela aguarada decisão da Justiça.
Já o padrasto, João Elídio dos Santos, foi socorrido por bombeiros e Samu, mas morreu antes de chegar ao hospital. O corpo dele foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e, posteriormente, liberado para familiares. Ele foi velado no Velório Municipal de Votuporanga e sepultado às 17h de ontem no Cemitério de Álvares Florence. João morava em Votuporanga há 15 anos, era católico e frequentava a paróquia Santo Expedito.
Segundo relatos, ele era usuário de drogas e fazia a menina ir buscar entorpecente para seu consumo. Na noite do crime, ela teria se recusado, o que iniciou a briga. A mãe de T.M.M., G.S.M., contou à polícia que a filha tentou protegê-la.
De acordo com o boletim de ocorrência, João estava agredindo a mulher e T.M.M. entrou no meio. Ele puxou a enteada pelos cabelos, momento em que a jovem revidou e acertou o pedreiro com o golpe de faca. A arma foi apreendida e encaminhada para perícia. Agora, advogados de defesa tentarão provar na justiça que a autora agiu em legítima defesa e tentar a liberdade dela.