Malandro vai até a casa de idosas e pede objetos de valor, correntes e pingentes, para serem abençoados, mas foge, sem deixar rastro
Plantão Policial segue registrando ocorrências de idosas
Um criminoso está abusando da fé de senhoras de idade para cometer estelionato em Votuporanga. Utilizando o pretexto de que está recolhendo objetos pessoais para serem "abençoados”, o bandido furta as vítimas, deixando para trás, prejuízo. Esse tipo de crime está se tornando muito comum e a população precisa estar em alerta, principalmente os moradores da região da igreja Santa Luzia, onde a maioria dos casos foi registrada.
O último crime aconteceu na tarde da última sexta-feira (10). Segundo o boletim de ocorrência registrado no Plantão Policial, o crime aconteceu em uma residência na rua Guaporé, por volta das 14h15, no bairro São Judas Tadeu.
De acordo com o que foi apurado, compareceu na delegacia o policial militar Scalia, informando que foi ao local dos fatos, onde a vítima, A.V.S., de 85 anos, contou que estava em frente à residência dela, quando apareceu um indivíduo de cor branca, aparentando ter 45 anos de idade, que começou a conversar com a vítima e olhe disse que iriam rezar um terço na vizinhança.
Em seguida, o desconhecido disse que precisava da correntinha que a mulher tinha no pescoço para colocar um medalhão, a qual iria benzer e depois devolver à vítima. O criminoso acabou insistindo e a idosa entregou o objeto. Após isso, o desconhecido saiu pela rua, tomando rumo ignorado.
"Golpe do Padre"
O último registro desse tipo de golpe em Votuporanga, e também em cidades da região, como Fernandópolis e Sebastianópolis do Sul, aconteceu no mês de março. Duas senhoras foram vítimas de estelionato quando um criminoso visitou a casa das delas, disse que um padre estaria fazendo uma celebração no quarteirão e pediu joias para serem "abençoadas". As vítimas acreditaram na história e só verificaram que se tratava de um golpe quando o golpista já havia sumido com correntes e anéis de ouro.
Na ocasião, para aplicar o golpe, o larápio utilizou o nome do padre Sílvio Roberto dos Santos, ex-pároco da Igreja Santa Luzia e que, atualmente, reside em São José do Rio Preto. Agindo como porta-voz do padre, o criminoso perguntou se as vítimas tinham correntinhas de ouro com pingentes com imagens de santos, ou outras joias e objetos de valor, para serem "benzidos" pelo padre. Crendo na história, as vítimas acabaram entregando anéis e colares. Os casos foram registrados como “estelionato", artigo 171 do Código Penal Brasileiro.