Acusado de matar Érica Diogo em dezembro cortou os pulsos com lâminas de barbear na tarde de ontem, sendo socorrido à UPA
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Wilson Aparecido Rodrigues, assassino confesso de Érica Diogo de Oliveira Guilherme, em dezembro de 2012, foi socorrido na tarde de ontem por uma suposta tentativa de homicídio dentro da cela onde permanece preso, na Cadeia Pública de Votuporanga. O acusado cortou os punhos com uma lâmina de barbear. Foi o segundo caso em uma semana em que ele foi socorrido por tentar dar cabo à própria vida.
O episódio de ontem ocorreu por volta das 17h15. Segundo informações apuradas pela reportagem, Wilson foi encontrado por carcereiros com os dois punhos cortados e sangrando. A Polícia Militar o o Samu foram imediatamente acionados ao local. Após receber atendimento primário na cela, ele foi conduzido pelo Samu até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), sendo devolvido em seguida à cadeia pela PM. os cortes, segundo informações, não foram profundos, mas a camiseta do assassino confesso ficou suja de sangue.
No último dia 7, quinta-feira, Wilson também foi socorrido após uma suposta tentativa de homicídio. Ele foi encontrado desacordado dentro da cela separada dos demais presos. A tentativa de suicídio ocorreu pouco depois das 21h. Carcereiros ouviram um grito saindo da cela de número três, onde estava Wilson.
Ao chegarem na cela individual, os carcereiros observaram que ele estava desacordado, com um lençol amarrado no pescoço. Enquanto ele era retirado da forca, a unidade de suporte avançado do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) foi acionada. Por cerca de 30 minutos, socorristas tentaram reanimar Wilson Rodrigues que, ainda desacordado, foi socorrida ao pronto socorro da Santa Casa de Votuporanga. Porém, de maneira surpreendente, ele teve alta médica na manhã seguinte.
Essa não foi a primeira vez nesta semana que Wilson deixou a cela. Na última segunda-feira, a escolta policial da PM também o conduziu para a Santa Casa, onde passou por uma consulta psicológica. E teve mais. No dia 1º de março, ele passou mal dentro da cela e precisou ser socorrido à UPA. O acusado sofre de diabetes e hipertensão e foi encontrado desmaiado na cela por um carcereiro. Wilson vai responder por latrocínio (roubo seguido de morte) de Érica, que pode lhe render pena de 20 a 30 anos de prisão, e ocultação de cadáver, de um a três, se condenado. O inquérito policial já foi entregue à Justiça de Cardoso, que deve dar sequência ao caso.