Os recursos serão ofertados como um acréscimo para superar que a faixa dos R$ 70 seja ultrapassada por todas as famílias
O governo federal anunciou na manhã desta terça-feira uma medida que promete erradicar a extrema pobreza entre os cadastrados no Cadastro Único de Programas Sociais. Com aporte de R$ 773 milhões para este ano, o Ministério do Desenvolvimento Social pretende alcançar os últimos 2,5 milhões de beneficiários do programa que ainda vivem com renda familiar média de R$ 70 por mês, faixa considerada por especialistas a que delimita a miséria.
"Os benefícios serão dados segundo a severidade da pobreza: quem tem menos renda, recebe mais", explicou a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, ao anunciar o novo recurso para o programa. A ministra aproveitou ainda sua exposição, no Palácio do Planalto, para elogiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação às políticas Sociais. Para ela, Lula "tomou as decisões estratégicas para que a gente chegasse aqui hoje".
Os recursos serão ofertados como um acréscimo para superar que a faixa dos R$ 70 seja ultrapassada por todas as famílias. Quanto maior a distância para o valor, maior o complemento. A medida já começa a valer no mês que vem quando, tecnicamente, todos os cadastrados em programas sociais deixarão a miséria no País.
Segundo estimativas do governo, no entanto, outras 2,5 milhões de pessoas em condição de extrema pobreza não estão incluídas em programas sociais. Para localizá-las, o governo federal cobra apoio das prefeituras, ação chamada de busca ativa. Desde junho de 2011, quando o Brasil sem Miséria foi lançado, mais de 2,8 milhões de pessoas foram localizadas pelo governo.
Nas contas do governo, cerca de 16,4 milhões de pessoas saíram da faixa da extrema pobreza no ano passado. Desde o lançamento do Brasil sem Miséria, o total de beneficiários a sair da faixa mais baixa de rendimento foi de 22 milhões.