Centenas de pessoas saíram de suas casas e se dirigiram até a frente do prédio da DIG, no cruzamento das ruas Ivaí e Tietê
Jociano Garofolo
Votuporanga ficou realmente consternada nos últimos dias com o crime brutal que tirou a vida de Érica. O modo em que foi concebido, de violência gratuita, é incomum na cidade e na região, principalmente por ter se iniciado em um local público, o estacionamento de um supermercado, frequentado diariamente por milhares de pessoas. Foram várias as manifestações da população contrárias a atrocidade.
A primeira ocorreu instantes após a notícia de que a moça havia sido morta e que seu assassino estava preso, no início da noite de sábado. Centenas de pessoas saíram de suas casas e se dirigiram até a frente do prédio da DIG, no cruzamento das ruas Ivaí e Tietê. Porém, a ocorrência foi realizada na Delegacia de Polícia de Cardoso, local onde o suspeito foi apresentado antes de ser transferido para a Cadeia de Votuporanga.
No domingo, o comércio funcionou em horário especial, devido ao período natalino, mas vários comerciantes e comerciários fizeram um protesto silencioso contra a violência que tirou a vida de Érica. Em várias lojas, as fachadas foram decoradas com bexigas prestas, em sinal de luto profundo pelos tristes acontecimentos.
Mas foi mesmo pela internet que os votuporanguenses desabafaram. Centenas de pessoas soltaram o verbo em demonstrações de repúdio às ações do suspeito Wilson Aparecido Rodrigues. Em um dos depoimentos, o empresário Edilberto Fiorentino, conhecido popularmente como ?Caskinha?, desabafou em seu ?Facebook? e gerou uma onda de compartilhamentos, chegando até 600. "Infelizmente a jovem Érica foi encontrada morta, não sou parente dela e nem a conheço, mais estou revoltado ao extremo, estou indignado e pergunto até quando e o porque disso tudo, senhores governantes por favor eu e toda a população de bem desse país imploramos por justiça", disse o empresário em parte da postagem. Outros milhares de depoimentos foram postados na internet, em solidariedade à família da vítima.