Um dos acusados de espancar jovem de 24 anos, em abril, será julgado no dia 26 de novembro
Jociano Garofolo
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Jhonatan Junio Santos, de 18 anos, acusado de ser um dos agressores do jovem Tonny Pires Custódio, nas proximidades de uma casa noturna da cidade, deve ser julgado no dia 26 de novembro. Santos vai a júri popular, cujos jurados serão sorteados no próximo dia 5.
O juiz de Direito Jorge Canil agendou as datas na última sexta-feira. O acusado foi preso no dia 15 de abril e permanece desde então aguardando o julgamento. Dos cinco réus acusados pelo espancamento de Tonny, um deles está foragido. Os demais foram pronunciados pelo Ministério Público, mas só Jhonatan desistiu do recurso.
De acordo com o processo, o réu deve ser julgado por ter agido por motivo fútil, empregando meio cruel, através de chutes, socos, pisões sobre o corpo da vítima, que não ofereceu defesa alguma. Consta contra ele a agravante de ter cessado a agressão apenas porque supuseram que Tonny estivesse morto.
O juiz da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Votuporanga, José Manuel Ferreira Filho, assinou no dia 7 de agosto a pronúncia dos acusados, ato que definiu que todos vão a júri popular. São acusados de participação André Henrique Santos, de 19 anos, Elder de Souza, de 18 anos, Flávio Henrique Malavazi, de 19 anos, e o menor L.V.E., de 17 anos.
Jhonatan Junio Santos deve ter a defesa da advogada Cláudia Cristina Diaz de Andrade. A acusação deve ser feita pelo promotor José Vieira da Costa Neto.
Caso
Tonny sofreu traumatismo craniano depois de ser espancado do lado de fora de uma casa de shows da cidade. Tudo começou quando o grupo de rapazes jogou um copo de cerveja no chão e empurrou um dos amigos de Tonny, o que deu origem a um tumulto. De acordo com testemunhas, seguranças do estabelecimento colocaram para fora todos os envolvidos na confusão.
Tonny andava na direção do estacionamento, para buscar seu automóvel e encontrar seus amigos, quando foi cercado pelo grupo e espancado. Ele foi encaminhado em estado grave para a Santa Casa, onde ficou alguns dias em coma.
Segundo a denúncia, após a agressão, os réus foram para um bar comemorar o acontecido.
Além do traumatismo craniano com hemorragia, Tonny sofreu deslocamento cerebral e fratura dos ossos da face. Atualmente, ele está em recuperação, mas convive com sequelas das agressões.
As agressões sofridas por Tonny desencadeou diversas discussões sobre a proibição de festas do tipo "open bar", em Votuporanga. Os promotores Eduardo Martins Boiati e José Vieira da Costa Neto alegaram que a ideia era modificar a “cultura do álcool”.
O fim da modalidade de consumo livre de bebidas alcoólicas causou o cancelamento de algumas festas e adequação de outras, que agora divulgam outros atrativos como foco principal, como por exemplo, serviços de buffet. A discussão também foi o motivo para o cancelamento da edição de 2010 do Carnavotu.
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