Jociano Garofolo
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Golpistas fizeram mais uma vítima no centro da cidade. Na última quarta-feira uma jovem de 22 anos teve a bolsa, com cerca de R$ 2 mil em dinheiro, um cheque de R$ 6 mil, cartões de crédito e documentos pessoais levados por pessoas que fingiam agir de boa fé. Ela foi iludida com a promessa de uma recompensa após achar e devolver um envelope para um homem, que lhe convenceu a deixar os pertences aos seus cuidados para ir apanhar um prêmio em uma loja do comércio local.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 1º Distrito Policial, a auxiliar de escritório C.B.T. contou que foi durante a tarde até uma agência bancária e sacou para a empresa que trabalha a quantia de R$ 4.891. Após fazer alguns depósitos, sobrou na bolsa a quantia de R$ 1.931. Enquanto caminhava de volta para o local de trabalho, aproximadamente no cruzamento das ruas Mato Grosso e Amazonas, foi surpreendida por uma moça desconhecida, de pele clara, trajando calça e jaqueta jeans, que indagou se um envelope que havia caído no chão era seu.
Ao afirmar que não, aproximou-se então um senhor desconhecido, de pele clara, com olhos castanhos, parcialmente calvo e com cabelos grisalhos, gordo, aparentando ter 50 anos de idade, trajando camiseta de cor marrom, que disse ser dono do envelope e que no seu interior havia um cheque no valor de R$ 10 mil. Ele afirmou que iria dar à vítima e à desconhecida uma gratificação por tê-lo encontrado. O indivíduo pediu que elas aguardassem no local, enquanto foi até uma loja e retornou com vale no valor de R$ 100 para cada. O golpista disse para
C.B.T. e para a desconhecida que poderiam trocá-los por dinheiro na loja de seu pai, e especificou o endereço.
A armadilha estava armada. A moça que simulou ter encontrado o cheque foi primeiro resgatar a premiação e retornou com o dinheiro. Em seguida, os golpistas orientaram que a vítima fosse também à loja para apanhar sua recompensa e que deixasse com eles a bolsa e seus pertences.
O homem ainda pediu que C.B.T. levasse consigo o envelope em que estaria o cheque no valor de R$ 10 mil e entregasse para um suposto funcionário.
Confiando na promessa, a jovem dirigiu-se então ao estabelecimento comercial. Ao caminhar cerca de dois quarteirões, decidiu abrir o envelope e constatou que não havia nenhum cheque no seu interior. Estranhando a situação, ela retornou à esquina, mas não encontrou a dupla no local, vindo a perceber então que havia sido vítima de um golpe.
Além dos R$ 1.931 em dinheiro, os estelionatários levaram com a bolsa um aparelho celular,dois cartões de crédito, documentos pessoais, uma folha de cheque de um cliente da empresa no valor de R$ 6 mil, quatro cartões bancários, e uma carteira que contendo cerca de R$ 140 pertencentes a vítima. A Polícia Militar fez patrulhamento pelas ruas centrais à procura dos criminosos, mas não obteve êxito.
Crime semelhante
No último dia 20, uma outra mulher também foi vítima de estelionatários, que lhe aplicaram um golpe parecido, também em uma rua do Centro. Duas mulheres ludibriaram e levaram uma bolsa contendo cerca de R$ 2 mil.
A estratégia foi a mesma. O que parecia ser um gesto de gratidão, era na verdade um golpe muito bem ensaiado pelas criminosas. A cozinheira S.A., contou aos policiais que caminhava em direção ao Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), localizado na rua São Paulo, onde iria dar entrada no Seguro Desemprego, quando percebeu que duas mulheres deixaram cair uma carteira. A fim de fazer uma boa ação, a vítima pegou o objeto e devolveu às mulheres.
Após os agradecimentos, a vítima entrou no PAT, quando foi abordada por uma das golpistas, que disse que a amiga queria recompensá-la pela devolução do objeto. As duas convidaram S.A. para ir até uma suposta loja de confecções, onde lhe entregariam um prêmio pela gentileza.
Nas proximidades da rua Piauí, uma das moças deixou sua bolsa com a camparsa, e foi até o estabelecimento, e em seguida voltou com um jogo de lençol nas mãos. A vítima foi induzida para que ela fizesse a mesma coisa, que deixasse com elas a sua bolsa e fosse apanhar a sua recompensa na loja.
Acreditando nas golpistas, a cozinheira foi até o local onde deveria estar localizada a loja, mas não a encontrou. Quando retornou, percebeu que havia caído em um golpe e que as mulheres fugiram com sua bolsa.
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