Da Redação
A Polícia Federal da região prendeu dois homens, um de 26 anos e outro de 49, durante a Operação Tapete Persa, que começou na terça-feira para combater a exploração, abuso sexual e pedofilia na Internet. As ações envolveram a PF de Araçatuba, São José do Rio Preto e Jales.
Em todo o País, 20 suspeitos de abuso sexual e pedofilia na internet foram presos durante a Operação Tapete Persa, deflagrada simultaneamente em 54 cidades de nove estados brasileiros. Entre os presos há pelo menos duas pessoas com mais de 60 anos e um coronel de Polícia Militar. A PF informou que também deteve um menor de 18 anos.
Na região de Araçatuba, dos quatro mandados, apenas duas pessoas foram presas. Na casa de um suspeito e na loja de outro, localizadas em cidades desta região, foram encontradas imagens pedopornográficas que acarretaram na prisão dos acusados. Os suspeitos foram autuados nos artigos 241-A/B do ECA e foram encaminhados à cadeia pública de Penápolis.
O delegado de Polícia Federal de Araçatuba, Rogério Grampaoli explicou que os quatro mandados de busca foram cumpridos no período da manhã. Segundo ele, todos os acusados são moradores em cidades pequenas da região. A PF não forneceu os nomes desses homens por questões éticas, já que, segundo o delegado, a divulgação poderia ocasionar sérios danos para os familiares dos envolvidos.
Em São José do Rio Preto, foram cumpridos pelo menos quatro mandados à pessoas suspeitas de envolvimento no esquema, mas nada foi encontrado. Em outros municípios paulistas, como Garça, Paraguaçu Paulista e Bernardino de Campos foram apreendidos CDs, DVDs e computadores com imagens que comprovam a pedofilia. Em Tupã, além de material com cenas de exploração sexual de menores de idade, foi apreendida uma arma de caça com o registro adulterado.
Durante a operação um homem de 49 anos foi preso em flagrante na casa dele em Assis. Ele foi detido quando olhava e guardava imagens de pornografia infantil no computador. Na região de Bauru, a Polícia Federal também cumpriu mandados de busca. Agora todo o material apreendido vai ser avaliado por peritos e os suspeitos se condenados podem pegar até 15 anos de prisão.
Operação
O nome da operação faz alusão a um dos vídeos compartilhados pelos pedófilos, em que se notam imagens degradantes de uma criança de aproximadamente seis anos de idade sendo abusada sexualmente, tendo como pano de fundo um tapete persa. Coordenada em âmbito nacional pela Divisão de Direitos Humanos da PF, por meio do seu Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet (GECOP), trata-se de uma ação de caráter internacional, em cooperação com a Interpol e a Polícia Criminal de Baden-Württenberg, localizada no sudoeste da Alemanha.