Uma lenda do judô: Hidehito Otuki mostra a faixa de 8º Dan (Foto: Fábio Ferreira/ A Cidade)
Fábio Ferreira
É impossível falar da história do judô em Votuporanga e na região sem citar Hidehito Otuki. Depois de mais de 50 anos de judô à frente da extinta Associação de Judô Cerejeira, que encerrou as atividades em dezembro de 2013, Hidehito Otuki, aos 80 anos, foi surpreendido no último sábado com uma homenagem da Federação Paulista de Judô e da Confederação Brasileira de Judô. Na Arena Olímpica do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera, em São Paulo, Hidehito recebeu uma das mais altas e raras condecorações da modalidade: a faixa coral de 8º Dan.
A promoção de Hidehito Otuki ao 8º Dan é um título raríssimo na modalidade. Para receber tal honraria, o judoca precisa ser recomendado pelo Conselho Nacional de Graduação ao Presidente da Confederação Brasileira de Judô. O título é recomendado para professores que ao longo da vida judoística, tenham contribuído expressivamente para o progresso do Judô Nacional respeitando os aspectos desportivo, filosófico, cultural, pedagógico, científico, técnico e prática de Judô, de geração a geração.
“Eu nunca pensei em chegar a receber uma homenagem como esta. Não consigo nem avaliar a importância disto. Muitas pessoas vivem do judô e se valorizam conforme aumentam o grau da faixa. Eu nunca pensei em ser valorizado por isto. Eu gosto de criança, eu amo o judô. O que o Nozumo Abê ensinou pra mim, eu quero transmitir para as futuras gerações”, contou Hidehito emocionado ao A Cidade.
No caso de Hidehito, a homenagem é ainda mais especial, já que desde 2013 ele está afastado dos tatames após o fechamento da Associação Cerejeira. “Recebi um telefone para comparecer ao ginásio do Ibirapuera e não sabia do que se tratava até chegar lá”. De acordo com Hidehito, para se chegar ao 8º Dan é preciso muito amor pelo judô. “É uma homenagem rara já que depois de tantos anos de dedicação ao judô, alguns professores enjoam e largam o esporte”, concluiu.