Segundo responsáveis pela obra, trabalho de demolição e retirada de entulhos deve ser terminado até o fim da próxima semana
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Por mais que o torcedor alvinegro tenha preparado seu coração para esse momento, o dia de ontem, 20 de julho de 2015, foi de extrema tristeza. As imagens da demolição da arquibancada descoberta do Estádio Plínio Marin, divulgadas em redes sociais e pela versão online do jornal A Cidade revelou uma realidade que muitos não queriam ver. Sim, é o fim do Municipal, que ao longo dos anos acolheu gerações de amantes do futebol.
Ontem, a empresa proprietária do estádio iniciou a demolição das arquibancadas, começando justamente pela geral, ou “pela porco”, chamada assim a descoberta pelos torcedores fanáticos que suportavam o calor infernal para acompanhar e torcer como loucos pelo time de coração. Uma máquina de grande porte foi usada para perfurar as estruturas de concreto, que em pouco tempo cederam e lançaram ao chão partes da arquibancada.
Enquanto isso, trabalhadores braçais usavam ferramentas para demolir os antigos alojamentos de atletas, base da PM, inclusive o local onde antes havia um pequeno altar, para orações dos jogadores. Uma máquina retro escavadeira também tratou de demolir os vestiários, enquanto caminhões iniciavam a retirada de entulhos. Segundo responsáveis pela obra, a demolição total das arquibancadas deve ser terminada entre hoje e amanhã, enquanto a retirada total dos escombros deve ser concretizada até o final da próxima semana.
Muitas pessoas passaram pelo local, seja pela rua Brasília, quanto pela Das Américas, para dar o último adeus ao estádio. Uma delas é uma torcedora, mas também vizinha de longa data do Plínio Marin. Terezinha Thomé, de 71 anos, mora exatamente ao lado e por décadas se acostumou com o barulho da torcida e com as bolas, batendo contra o telhado de sua casa. Apesar dos pequenos transtornos, diz que Municipal vai fazer muita falta. Ela mudou para o local há 60 anos, e desde menina, acompanhou as várias etapas que transformaram um campo cercado por arame virar o estádio que abrigou jogos inesquecíveis da AAV (Associação Atlética Votuporanguense), SEV (Sociedade Esportiva Votuporanga) e CAV (Clube Atlético Votuporanguense). “Vou sentir falta, mas o progresso é assim”, disse.