Hoje é dia de relembrar a morte das pessoas queridas (Foto: Divulgação/Catedral)
Da redação
Dois de novembro, ou como a maioria costuma chamar, Dia de Finados. Para muitas religiões a data é conhecida especialmente para relembrar a morte das pessoas queridas, uma forma de agradecer as inúmeras felicidades que foram transmitidas em vida ou apenas levar pensamentos positivos para outros planos espirituais.
O jornal A Cidade conversou com representantes dessas crenças em Votuporanga, para compreender o significado de cada religião. Na igreja católica, o Dia de Finados tem a finalidade de relembrar quem já partiu, mas não trazendo tristeza. “Na igreja católica, finados é um dia pra gente relembrar os entes queridos, é um momento de memória, não é tristeza, mas sim saudade de quem foi”, disse o Pe. Geomar, da Paróquia Santa Luzia.
“Para quem morre não é o fim, a morte é apenas uma passagem para outra dimensão. O sentido de levar flores e velas é para beleza, um gesto de amor, a flor tem o significado de carinho, já a vela é o símbolo da luz de Cristo”, completou.
Já para a igreja evangélica, a data representa um momento de consolação e para apoiar as famílias que estão passando por um momento de dor. Segundo o Pastor Enéias Padilha, os irmãos se descolam até o cemitério para prestar solidariedade aos entes. “Nós ficamos o dia inteiro no cemitério levando um consolo para as famílias, Dia de Finados é dia de consolação então a obrigação da igreja é Dia de Finados”, falou.
“Fazemos as orações, levamos copos d’água. Acreditamos que o que o morto faz em vida, ele colhe na eternidade. Depende de família para família levar flores nos dias dos finados, tem umas que levam e cuidam na data, outras que fazem outros dias”, finalizou.
Ainda tem aquelas religiões que tratam o Dia de Finados como qualquer outro. Para os umbandistas não existe comemorações ou rituais de celebração. De acordo com o dirigente espiritual do Umbanda, Giovanni Mantovani, a religião que seguem é da que crê em vida após a morte, mas que vão até o cemitério e levam flores. “Por si só o umbandista crê em vida após a morte. Nos não comemoramos o dia de finados, não no centro que trabalhamos, e temos o mesmo respeito que as religiões de fé cristã, vamos sim ver os túmulos, levamos flores, oramos”, afirmou.
No centro espirita é semelhante, a crença de que existe reencarnação é mais importante do que as demais cerimônias. “Não temos ritual, para o espírita todos os dias são dias de comemorar a quem amamos. Não fazemos nada especial, continuamos orando e pedindo a Deus pelos entes queridos todos os dias”, disse o presidente da Associação Irmãos Mariano Dias, Waldemir Cuin.