Todos os deputados das bancadas do PT, PSOL, PC do B, PDT e Solidariedade assinaram o requerimento
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Os deputados estaduais Carlão Pignatari (PSDB) e Itamar Borges (PMDB) não assinaram o requerimento para a instauração da “CPI da Merenda”, como é popularmente chamada a Comissão Parlamentar de Inquérito, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para investigar possíveis fraudes na merenda escolar.
Das 32 assinaturas necessárias para a instauração da CPI, os deputados da oposição tinham 25 até quarta-feira (4). Atualmente, cinco comissões funcionam na Assembleia, no entanto, pelo regimento interno, apenas cinco podem funcionar concomitantemente.
Todos os deputados das bancadas do PT, PSOL, PC do B, PDT e Solidariedade assinaram o requerimento.
Estudantes ocupam, desde terça-feira (3), o plenário principal da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Eles decidiram manter a mobilização até que uma CPI para investigar fraude na merenda escolar do Estado seja instalada. Deputados do PT, PSOL e PCdoB apoiam o protesto e conseguiram, em negociação com o presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), liberar a entrada de alimentos para os estudantes. Capez pediu a reintegração de posse no plenário da Assembleia. O tucano é um dos investigados pelo Ministério Público. Ontem, a Justiça de São Paulo determinou a reintegração de posse da Assembleia Legislativa em até 24 horas.
O deputado Carlos Giannazi (PSOL) disse ser a favor da abertura da CPI da Merenda para que o caso tenha visibilidade. “Nós da oposição vamos apresentar vários requerimentos e várias denúncias nessa CPI, inclusive trazendo os promotores que estão investigando a máfia da merenda escolar para que façam explanações sobre o andamento dessas investigações”.
Fernando Capez disse ter votado a favor da abertura da CPI, mas não soube explicar porque deputados aliados não se manifestaram pela instalação da comissão que poderá investigar a fraude na merenda: “eu não mando nos deputados”.
O jornal A Cidade entrou em contato com as assessorias dos deputados Carlão e Itamar para que os parlamentares comentassem o caso. A assessoria de Itamar explicou que, por conta de tudo o que está acontecendo na Assembleia, seria muito difícil responder até ontem, mas que responderia outro dia. Até o fechamento da edição, a assessoria de Carlão não respondeu o e-mail do A Cidade.