*Grazi Cavenaghi é consultora, coach, mentora e estudiosa sobre o comportamento humano, além de embaixadora do projeto “Escola de Você” em Votuporanga
(tempo de leitura: 3 min)
Você lembra o que estava fazendo quando a seleção brasileira
perdeu de 7 a 1? Eu me lembro muito bem, estava de férias e fui buscar algo no
andar de cima, foi tudo tão rápido que só ouvi os gritos da minha família que
se misturavam ao choro e palavrões dos hóspedes do bangalô ao lado. Não demorou
muito e todas as bandeiras que balançavam foram recolhidas. Será que algum de
nós conseguiu dizer: “mesmo meu time
perdendo eu ficarei ao seu lado, continuarei com as bandeiras expostas, sou
leal ao time em que acredito?” Isso seria um bom exemplo de lealdade, que é
o nosso último bloco da base da pirâmide do sucesso do nosso querido treinador
John Wooden.
Ficar junto, defendendo os mesmos ideais quando tudo está
bem é simples, a verdadeira lealdade é peça fundamental quando aparecem os
tempos difíceis, dizia ele. Ele também tinha a certeza que um time não existe
se todos não forem leais uns com os outros. E de quantos times fazemos parte?
Lembra que falamos deles no capítulo da Cooperação?
Vivemos um tempo onde as pessoas correm de um lado para
outro, infladas de informações, de ações, estressadas, contando os segundos
para o dia chegar ao fim. Chegam em casa e muitas vezes não se encontram. Por que
será? Porque passaram o dia se encaixando em modelos impostos, para atender o
desejo do cliente, do amigo, dos filhos, do companheiro. E onde a lealdade
aparece nessa “loucura”? Na realidade ela some, não somos leais aos nossos
valores, nossos princípios. E a principal lealdade é aquela que temos conosco.
Quantas vezes prometemos que vamos fazer algo e depois nem
lembramos, nos sabotamos? Em muitos momentos me vejo, por exemplo, perdendo a
paciência e criticando algo. Isso vai contra a tudo que acredito e que quero
deixar de legado, mas lá estou eu novamente não sendo leal à minha missão.
Ser leal a quem somos e às pessoas que me cercam é treino. É
defender os nossos amigos, é defender a empresa que trabalhamos, é não nos envolvermos
pelas influências negativas. Ser leal gera confiança, gera vitórias coletivas e
individuais, gera empoderamento pessoal,
gera sucesso.
Por tudo isso a “lealdade” vem no centro da base da
pirâmide, com os quatro blocos que conhecemos nas semanas anteriores: o
entusiasmo, a diligência (trabalho com comprometimento), a amizade, e
cooperação. Que base sólida, heim?
E como nosso foco é progredir diariamente, vamos juntos?
No final de cada dia analise suas ações e veja se estão de
acordo com seus valores pessoais. Achou alguma que não está? Anote o que o
levou a ser desleal com você ou com as outras pessoas. Chamamos essa causa de
“gatilho” e refletindo sobre isso poderemos não ter a
mesma atitude em uma nova oportunidade. Como já dissemos: isso é treino, é
persistência. É um passo de cada vez, caindo e levantando, pois assim como
nossa pirâmide, estamos em construção, “bloco a bloco”.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +