Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Seja incrivelmente bem-vindo à trigésima semana do ano. Sim, trigésima. Realmente, o tempo voa, ou talvez sejamos nós que estamos voando também, sem presença. Hoje, quero trazer à tona aqui no nosso encontro um assunto extremamente importante: as distrações.
Vivemos em um mundo em que, a todo momento, somos convidados ao nosso pior. São notícias que não param, comentários que tomam o nosso tempo e a nossa energia. Para ilustrar, trago dois exemplos recentes que ocuparam as redes sociais e a atenção de milhares de pessoas.
O primeiro foi o caso de um casal de empreendedores famosos que postou uma foto em família. Uma cena absolutamente comum. Ela é influenciadora, ele é empresário, e a filha usava uma bolsa de marca, o que, por si só, gerou uma onda de julgamentos. Entre os comentários, um professor universitário escreveu que a menina “merecia guilhotina”. Sim, isso mesmo. A que ponto chegamos? A crítica, o julgamento, o apontar de dedos.
O segundo caso envolve também um “influenciador” famoso. Durante o corte da gravata do seu casamento, ele e os seus amigos “tomaram” relógios, tênis de marca, correntes, joias dos convidados como pagamento da gravata. No dia seguinte, a internet explodiu em opiniões, críticas e exposições. Mais uma pauta de distração coletiva.
Quantas horas da vida foram gastas comentando, julgando, reagindo? Hoje compartilho essas duas histórias com um propósito claro: despertar a sua consciência. Refletir sobre o quanto temos nos distraído com ruídos externos enquanto deixamos de fazer o essencial.
Foi justamente pensando nisso que me recordei de um período especial que vivi em um ciclo de 21 dias de jejum, e em um desses dias recebi uma intuição clara: leia Efésios capítulo 6, e assim fiz. Essa passagem fala sobre a armadura de Deus e é um convite profundo a nos revestirmos espiritualmente para resistir às ciladas da vida. A armadura descrita por Paulo é comparada à de um soldado.
A partir dessa passagem, quero convidá-lo a vestir-se de cada uma dessas peças e entender como elas podem ser aplicadas na vida real.
1. Cinturão da verdade: era a peça que sustentava toda a armadura. Assim também é a verdade, ela é o que nos sustenta.
2. Couraça da justiça: protege o coração. E, na vida, você deve proteger aquilo que é essencial, fazer o que é certo, mesmo quando ninguém está vendo.
3. Calçado da preparação do evangelho da paz: os calçados dos soldados romanos tinham cravos para fixação no solo, impedindo que escorregassem. Ter paz é isso. É caminhar com firmeza mesmo diante das incertezas.
4. Escudo da fé: era grande e revestido com couro molhado para apagar as flechas incendiárias. A fé é o escudo que o protege das flechas que o atingem todos os dias: diagnósticos difíceis, crises inesperadas, julgamentos infundados.
5. Capacete da salvação: protege a cabeça do soldado, a mente.
A mente mente! E às vezes os seus pensamentos podem prendê-lo no passado e o levar à depressão, ou o transportar ao futuro e trazer a ansiedade. O capacete da salvação representa a proteção da mente, o viver a realidade como está posta, o proteger das ilusões.
6. Espada do Espírito: representa a Palavra de Deus. E a palavra tem poder criador. Tudo o que você declara, carrega força. Ser impecável com a palavra é um ato de vida, de saúde e felicidade.
7. Lembrando que é necessário um tempo diário de oração. A oração não é uma peça da armadura, mas é o que ativa e sustenta toda a armadura. É a sua conexão com a Fonte, é a certeza de que o amor acolhe o medo. Como dizia Santo Agostinho, a oração é um exercício de desejo. Orar é pedir com humildade!
Essas são as proteções que ajudam você a vencer as distrações do mundo. Porém, não queira vesti-las somente no meio do caos, das dores. Use-as como uma “roupa” normal, diariamente, seja um “soldado” do bem, da justiça, do amor, e viva com mais abundância, logo, tenha mais saúde, felicidade e resultados.
Aliás, no livro mais lido do mundo, em Jeremias 29:11, existe uma declaração que deixa claro que todos nós viemos aqui, sim, para vivermos da melhor forma possível: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.”
Como o nosso foco é progredir, vamos juntos?
Que essa declaração, essa promessa, nos lembre todos os dias que não estamos aqui para viver distraídos. Estamos aqui para viver! Trazer a verdade, a justiça, caminhar firmes, com fé. Viver em presença, proteger a mente dos pensamentos que nos distraem, criar com a palavra a realidade que desejamos e, com humildade, fazer as nossas orações diárias. Ou seja, declarar os nossos desejos e fazer a nossa parte, com o que temos em mãos hoje, passo a passo.
Seguimos juntos, nos vestindo como soldados da vida, por um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um mundo melhor.
Vamos juntos? Porque juntos somos +