Instituto de Criminalística recebe elogio oficial do Ministério Público por atuação que resultou na condenação de acusado por homicídio
Peritos da Polícia Científica de Votuporanga em atuação: trabalho técnico e silencioso que garante provas decisivas (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuproanga.com.br
Num júri recente realizado em Votuporanga, a justiça teve um aliado decisivo: a perícia técnica. Foi graças à atuação precisa da equipe da Polícia Técnico-Científica que o homicídio do jovem Henrique Ferreira Rocha, ocorrido em Valentim Gentil no dia 28 de fevereiro de 2023, pôde ser esclarecido de forma contundente, resultando na condenação do autor do crime a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado.
O caso motivou um elogio formal do Ministério Público, encaminhado pelo promotor de Justiça José Vieira da Costa Neto ao secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. No documento, ele enaltece o trabalho dos peritos Maria Amélia Spolon Fernandes, João Carlos Macedo e Marcelo Hajime Ikeda, em nome de todo o Instituto de Criminalística de Votuporanga, que produziram provas materiais irrefutáveis, tornando evidente a autoria do crime cometido por Lúcio Carneiro da Silva.
Além dos peritos, o promotor também destacou o empenho dos policiais civis Marlon Vieira Magalhães e Thiago Henrique Ramos Leal, que contribuíram diretamente para a produção das provas. “Este reconhecimento é também um agradecimento e um incentivo a todos os profissionais que se dedicam, com competência e inteligência, à elucidação de crimes que impactam profundamente nossa sociedade”, declarou o promotor.
O reconhecimento público emocionou e motivou os profissionais da Polícia Científica. Para o diretor do Instituto de Criminalística de Votuporanga, Daniel Albieri, a homenagem reforça a importância de dar visibilidade ao trabalho técnico realizado nos bastidores da investigação criminal.
“Esses elogios funcionam como um estímulo. Atendemos cerca de 3 mil casos por ano e, em alguns deles, conseguimos esse resultado — ajudar de forma decisiva na responsabilização criminal de autores de delitos graves”, explicou.
Segundo Daniel, o trabalho da Polícia Científica vai muito além do que se costuma imaginar. A unidade atua em exames de locais de homicídio, suicídio, acidentes de trânsito, furtos, crimes ambientais, entre outros.
“A perícia não aparece, mas é ela quem fala quando todos os envolvidos se calam. É o nosso trabalho que transforma uma cena de crime em prova científica para sustentar a verdade nos tribunais”, resume.
O diretor reforça ainda que é fundamental que a população compreenda o papel e a abrangência do trabalho pericial. “A sociedade precisa conhecer o que fazemos. A Polícia Científica é uma engrenagem fundamental da justiça. Tornar esse trabalho visível é também valorizar a ciência a serviço da verdade”, completou.
Ainda segundo ele, diante da complexidade crescente dos crimes e do volume de casos atendidos, o reconhecimento público, como o do Ministério Público, contribui para reforçar a importância dos investimentos na área e no fortalecimento das equipes periciais.
“É uma forma de lembrar que, por trás de cada laudo, há profissionais comprometidos com a justiça e com a segurança da população”, finaliza Daniel.