Organização criminosa foi descoberta em uma longa investigação após a apreensão de R$ 33 milhões em drogas em Votuporanga
Organização criminosa foi descoberta em uma longa investigação após a apreensão de R$ 33 milhões em drogas em Votuporanga (Foto: Divulgação)
Da redação
O juiz da 2ª Vara Criminal de Votuporanga, Vinicius Castrequini Bufulin, condenou dez membros de uma organização criminosa que foi flagrada com mais de R$ 33 milhões em drogas no município. Somadas, as penas ultrapassam os 265 anos de prisão, já que todos foram acusados de crimes como tráfico de drogas, associação para tráfico e lavagem de dinheiro.
O caso é fruto de uma longa investigação criminal, conduzida pela Polícia Federal, após a apreensão de uma carga de 180 quilos de pasta base de cocaína na rodovia Euclides da Cunha, em Votuporanga, no dia em 11 de fevereiro de 2021. Na ocasião, o motorista da carreta onde a droga estava escondida, identificado pelas iniciais L.A.M.D, foi preso e descobriu-se que havia todo um esquema orquestrado para que ele levasse a culpa sozinho pelo crime.
A Polícia Federal, no entanto, iniciou ali as investigações para apurar a origem do entorpecente e desarticular a organização criminosa especializada no transporte de drogas. Durante as diligências policiais foi descoberto, então, que o esquema criminoso envolvia uma ciranda de proprietários de conjuntos de transporte, com o propósito de ocultar os verdadeiros donos de caminhões e carretas usadas no transporte das drogas.
Segundo o apurado, os criminosos adquiriam cocaína na cidade sul-mato-grossense de Corumbá e carregavam os veículos usados pelo grupo criminoso para posterior disseminação de drogas em todo o Estado de São Paulo. Foram anos de investigação e após a conclusão do inquérito, o promotor de justiça de Votuporanga, José Vieira da Costa Neto se debruçou sobre o caso e apresentou a denúncia identificando a função de cada um dos bandidos dentro da organização criminosa, desde a liderança até os responsáveis pela logística e transporte das cargas.
Com base nas provas juntadas ao processo e demais elementos apresentados pelo Ministério Público em conjunto com os depoimentos de testemunhas, o juiz responsável pelo caso condenou os dez membros do grupo criminoso a penas que variam entre 52 anos e 9 anos de prisão. A maioria dos condenados já está na cadeia, mas ainda há alguns foragidos, contra os quais já foram expedidos mandados de prisão.