Após momentos de tensão, PM salvou funcionários de loja, prendeu três criminosos, matou outros dois, e apreendeu arma
(Foto de O Extra)
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A cidade de Fernandópolis viveu ontem um dia de puro terror. A nossa região acompanhou, no período entre 8h e quase 11h, os desdobramentos de um crime raro no noroeste paulista, em que 12 pessoas, funcionários da loja Casas Bahia, ficaram reféns de um bandido armado dentro do estabelecimento. Outros quatro fugiram de carro e foram perseguidos de maneira implacável pela Polícia Militar e Polícia Rodoviária.
Por fim, após intensa negociação e empenho de todo o efetivo policial da região, o desfecho do caso foi positivo. As 12 vítimas foram liberadas, três criminosos foram presos, dois mortos, o dinheiro roubado que estava em um malote foi recuperado e a arma e o carro usados no crime foram apreendidos.
Segundo a polícia, os cinco bandidos chegaram ao estabelecimento por volta das 8h, momento em que as portas eram abertas e funcionários chegavam para trabalhar. Durante o assalto, quatro criminosos fugiram em um carro levando um malote, enquanto um deles ficou no interior do estabelecimento, armado, e mantendo 12 pessoas reféns. O Comandante do 16º Batalhão da Policia Militar do Interior (16º BPM/I) de Fernandópolis, Tenente Coronel PM Antonio U. Dutra Jr., parabenizou a ação dos policiais militares na ocorrência.
O crime
Os policiais militares receberam informações via 190 de alarme disparado no estabelecimento comercial Casas Bahia na área central da cidade de Fernandópolis.
A viatura que já estava em patrulhamento na região compareceu ao local e surpreendeu cinco indivíduos em tentativa de roubo. Ao perceberam a presença dos policiais, quatro conseguiram fugir, ficando um deles no interior da loja, o qual tomou, sob ameaça de arma de fogo, 12 funcionários como reféns.
De imediato, os policiais pediram apoio, isolaram a área e mais viaturas completaram o cerco do estabelecimento comercial. Compareceu de imediato ao local o comandante da Primeira Companhia, o Capitão Kenji Takebe Júnior, que passou a ser o responsável pela coordenação e comando geral da ação, sendo que o soldado Shiroma passou a negociar diretamente com o marginal que mantinha reféns sempre sob a mira de arma de fogo.
Ainda segundo a PM, após quase três horas de intensa e tensa negociação, foi solicitada, por parte do criminoso, a presença de um promotor de Justiça, Fernando de Paula, o que foi atendido pelo policial negociador em troca da liberdade de nove reféns.
Após muita conversa, encerrou-se a ocorrência com a liberação dos outros três reféns e a prisão do infrator, sem nenhum ferido. Com o homem, a polícia apreendeu um revólver calibre 38.
Em nota divulgada à imprensa, o comando do 16º Batalhão destacou a importante atuação do comandante de “Grupo Patrulha”, sargento PM Cineli e o acompanhamento do desfecho da ocorrência do coordenador operacional, major PM Wilson.
Perseguição
Durante o atendimento da ocorrência em Fernandópolis, foram passadas informações pela rede rádio a respeito da fuga dos outros quatro meliantes. A quadrilha, após mais um trabalho eficiente, foi interceptada por viaturas da Polícia Militar de outras áreas, Policia Rodoviária e Companhia de Ações Especiais de Polícia (CAEP) de São José do Rio Preto.
Desta vez os bandidos reagiram efetuando disparos contra os policiais que se defenderam. No revide, dois infratores morreram e os dois restantes se entregaram e foram presos. Um malote roubado foi recuperado e o armamento apreendido.