Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, quinto mês foi o mais violento na cidade, com 67 lesões corporais
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Em uma semana marcada por debates acalorados sobre o trânsito de Votuporanga, dados revelados ontem pela Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo apontaram que o mês de maio foi o mais violento do ano em Votuporanga. O quinto mês registrou um total de 67 feridos.
Os dados fazem parte do balanço mensal de ocorrências policiais registradas em Votuporanga, todo dia 25 de casa mês. No item “lesão corporal culposa por acidente de trânsito”, foi mostrado que a cidade registrou, em ruas, avenidas, estradas e rodovias que cortam o município, um total de 67 casos do tipo.
Para se ter uma ideia, no primeiro mês do ano, janeiro, esse número foi de 43. Somando os cinco primeiros meses de 2016, Votuporanga registrou um total de 298 acidentes com pessoas feridas. O mês de maio também registrou morte. Uma pessoa perdeu a vida, no chamado “homicídio culposo por acidente de trânsito”. Desde o início do ano, foram três vítimas fatais.
Em comparação com os cinco primeiros meses do ano passado, 2016 está pouco mais violento. Em 2015, até o quinto mês, foram 293 lesões corporais. Entretanto, maio do ano anterior machucou mais, com 69 vítimas. Já as vítimas fatais foram superiores, com cinco casos até maio.
A polêmica
Na última quinta-feira (23), uma reunião entre vereadores e o secretário Municipal de Trânsito e Transportes, Flávio Piacente Júnior, foi realizada para debater a segurança no trânsito e a fiscalização.
Na ocasião, a equipe da Secretaria destacou que no município não há fábrica de multas. “O que existe é fábrica de vidas, já que o número de acidentes de trânsito cai constantemente”, comentou Flávio. A pasta apresentou números sobre a redução de acidente na cidade: em 2013, -17%; 2014, -22%; 2015, -35%. Os dados, acrescentou, comprovam que há uma significativa redução. O levantamento mostra que de 2013 a 2015, são menos 1.460 acidentes.
O secretário esclareceu que o dinheiro das multas é usado para a manutenção da sinalização, troca de placas e de semáforos, instalação de novos, campanhas de educação de trânsito, entre outras ações.
A pasta também apresentou as despesas com o trânsito. Até maio foram R$ 669.486,30 em recursos recebidos com multas de trânsito, no entanto as despesas líquidas com o recebimento das infrações somam R$ 610.904,47, restando então R$ 58.581,83. “Uma multa custa quase R$ 40 para ser processada”.
Flávio ressaltou ainda que o dinheiro arrecadado é aplicado exclusivamente no trânsito e que a intenção não é multar, mas, sim, fiscalizar.