Réu é acusado de atirar dentro de bar no bairro Estação, em 2012; uma das vítimas foi atingida gravemente e ficou paraplégica
Jociano Garofolo
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O juiz de Direito Jorge Canil, da Primeira Vara e Primeiro Ofício Judicial da Comarca de Votuporanga, agendou para o dia 13 de maio o segundo júri popular do ano de 2016. O tribunal vai avaliar um caso de tentativa de homicídio contra três homens, registrado no ano de 2012.
O agendamento foi determinado último dia 31. Ficou definido que o julgamento do réu Givanildo Raimundo Ferreira, o “Mineirinho”, será realizado no dia 13 de maio, às 9h, no Fórum da Comarca. O sorteio de 25 jurados, que deverão comparecer ao tribunal para formação do Conselho de Sentença, foi marcado para o dia 28 de abril, às 13h15, na Sala de Audiências da Primeira Vara.
O crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, apresentada pelo promotor Marcus Vinícius Seabra, o crime aconteceu na noite de 13 de outubro de 2012, na avenida Prestes Maia, em local conhecido por “Bar do Baiano”. Para a acusação, Givanildo, o “Mineirinho”, movido por motivo fútil, por livre vontade e consciente da ação, tentou matar Ilson de Jesus Nascimento, Ismael Rodrigues da Silva e Edson dos Santos.
O crime de homicídio não teria se consumado apenas por conta de motivos alheios à vontade do acusado. As vítimas estavam todas no interior do bar, de propriedade de Edson na época, quando a mulher do dono do estabelecimento teria cobrado Givanildo de não ter pago conta após ter consumido cerveja e pinga.
Ainda segundo o MP, por não ter gostado de ter sido cobrado em público, houve tumulto e Mineirinho sacou um revólver da marca “Rossi”, calibre 38, que levava consigo e desferiu vários disparos na direção de Ilson, Ismael e Edson, atingindo as três vítimas. Ilson e Ismael sofreram ferimentos leves, mas Edson teve lesão gravíssima. Na sequência, Givanildo fugiu do local, em posse da arma de fogo, enquanto os feridos foram socorridos.
No dia seguinte, policiais militares tiveram sucesso em abordar o indiciado em frente à casa dele, no bairro São João, portando na cintura a arma de fogo, municiada com cinco cartuchos deflagrados, sendo que não possuía autorização para andar com a arma. Por tal razão, foi preso em flagrante delito.
As vítimas
Quanto aos feridos, após receberem o atendimento médico, sobreviveram. No entanto, Edson dos Santos, sofreu lesão corporal gravíssima que resultou em paraplegia crural (ou seja, dos membros inferiores)