Jociano Garofolo
O Fórum da Comarca de Votuporanga julga hoje, menos de um ano após o crime, Rogério Souza de Almeida, acusado de ter matado com golpes de faca, por conta de uma discussão de dívida de R$20, Morivaldo Pinto Moreira, o “Morinha”, no bairro Jabuticabeiras. Em seguida, teria desovado o corpo da vítima numa mata, em uma estrada rural entre Votuporanga e Álvares Florence.
O júri popular terá início às 9h. O sorteio dos 25 jurados foi realizado no dia 2 de setembro. O crime aconteceu em 9 de novembro de 2014. Consta no processo que o acusado alegou que a vítima, Morivaldo, conhecido por “Morinha”, lhe devia a quantia de R$20, e que no dia dos fatos o cobrou. Já outra versão aponta que Morivaldo teria se recusado a dividir uma porção de droga. Após ser assassinado, teve o corpo levado até uma mata fechada, próximo ao Córrego do Bonito, quase na divisa com Álvares Florence.
Segundo a Polícia Militar de Votuporanga, no dia do crime, surgiu a informação, por meio de uma ligação ao 190 da PM, indicando que em uma mata no bairro Jabuticabeiras, havia acontecido um assassinato. Também surgiu a notícia de que um homem procurou socorro médico no Mini-hospital Fortunata Pozzobon com ferimentos suspeitos, de cortes nos braços.
Diante dos fatos, várias viaturas policiais foram mobilizadas. Uma foi para a unidade de saúde e outras para uma mata apontada na ligação, no bairro Jabuticabeiras, onde teria ocorrido um homicídio. No local, foi encontrada uma poça de sangue e o cabo de uma faca quebrada, que, ao que tudo indica, havia sido usada no crime.
Porém, naquele momento, nenhum corpo foi encontrado. Na unidade de saúde, o então suspeito, Rogério, foi indagado sobre o fato e confessou o crime. Ele se prontificou a acompanhar a equipe até outra mata, na região do “Ponto da Onça”, onde ele teria escondido o corpo.
As equipes se mobilizaram para preservar o local onde aconteceu o homicídio para o trabalho da perícia no bairro Jabuticabeiras, enquanto outra parte foi até a região indicada. Rogério também indicou o carro que teria sido usado no transporte do corpo, que foi, momentos depois, abordado na avenida Emílio Arroyo Hernandes, no bairro Pozzobon, pela equipe de Rocam. O corpo de Morivaldo foi encontrado em uma propriedade rural, com sinais de que já estava há algum tempo em óbito e que foi deslocado por um veículo. O réu está preso desde então.