Julgamento foi acompanhado por dezenas de pessoas, entre elas os familiares de “Morinha”
Rogério Souza de Almeida irá cumprir pena de 12 anos
Jociano Garofolo
O Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Votuporanga julgou e condenou ontem a 12 anos de prisão, Rogério Souza de Almeida, acusado de matar e ocultar o cadáver de Morivaldo Pinto Moreira, o “Morinha”, em novembro do ano passado. Segundo a sentença, a pena será de 10 anos por homicídio simples e dois anos pelo outro crime.
O julgamento teve início por volta das 9h, com a presença de dezenas de pessoas, entre elas os familiares de “Morinha” que foram ao tribunal com camisetas estampadas com a foto da vítima. A acusação foi representada pelo promotor João Alberto Pereira, que pediu a condenação de Rogério por homicídio simples e ocultação de cadáver. Um dos advogados do réu, Rafael Paglia, disse que a estratégia era de tentar comprovar que Rogério cometeu o crime em legítima defesa.
Na presença do réu, foi tomado o depoimento de apenas uma testemunha, uma policial militar que atendeu a ocorrência. A PM contou, entre outras coisas, que Rogério assumiu a autoria no dia do crime, durante a prisão. Em seguida, foi a vez do próprio réu prestar esclarecimentos.
Com fala confusa sobre os fatos, foi contraditório em suas respostas quando tentou explicar ao juiz Jorge Canil que teria agido em legítima defesa. Principalmente em relação ao número de facadas aplicadas no corpo da vítima. Foram 17 no total.
No início da tarde, após reunião em sala secreta, os jurados decidiram a sorte do réu. Na sentença, o juiz Jorge Canil afirmou que ficou reconhecida a materialidade, a letalidade e a autoria, afastando a absolvição. Deste modo, foi aplicada a pena de 10 anos de reclusão para o homicídio e dois anos de prisão e multa por ocultação de cadáver, em regime inicial fechado, ou seja, sem direito de apelar em liberdade, além de indenização de 100 salários mínimos aos familiares da vítima.