César Urbini é graduado em Administração de empresas pela USP, pós-graduado em Mercados Financeiros pela Saint Paul e Sócio-fundador da FlowInvestimentos
Investidor,
você que leu minhas duas últimas colunas, chegou aqui sabendo como se planejar
para garantir uma aposentadoria tranquila. Conhece agora o impacto que o
controle orçamentário e bons investimentos causam no longo prazo. Contudo,
independente se está olhando 40 anos para frente ou apenas poucos dias, o
denominador comum de todo poupador é o planejamento.
E por isso o chamo
de “passo final”. Por que planejar o futuro talvez seja uma das tarefas mais
difíceis de nosso cotidiano (assunto que já foi discutido anteriormente) e, não
importa quão bom você é nisso, mudanças inesperadas ocorrerão. Revisar
constantemente os planos é tão importante quanto ter um para começar, já que
planejamento a longo prazo gera a perigosa crença de que o futuro está sob
controle.
Essa
prometida aposentadoria tranquila é um trabalho diário, não dá para deixar de
comer um bolo apenas hoje e esperar emagrecer 10 quilos até ano que vem. Se
quiser perder peso e, principalmente, manter-se saudável, é preciso trabalhar
nisso todo dia. E com investimentos a mesma coisa.
A saúde
financeira é conquistada nas decisões mais triviais de nossas vidas, desde que
alinhadas com nossos projetos. A aposentadoria é apenas uma bussola, indicando
a direção, porém a rota é a soma dos pequenos movimentos de quem está atrás do
leme: você!
Dessa
maneira, a liberdade de movimentos deve ser valorizada acima de tudo. O mercado
financeiro não quer nem saber se você montou hoje os investimentos para os
próximos 30 anos. O mundo é muito mais aleatório do que as pessoas acham e, em
alguns meses, ele pode estar completamente diferente.
Em linha com
os dois últimos passos (saber onde investir e diversificar), é extremamente correto
procurar alongar o prazo de seus investimentos, já que tornará a carteira mais
eficiente, eliminando riscos de curto prazo. Abrir mão de parte da liquidez por
4ou 5 anos permite que você reduza consideravelmente seus riscos em quanto
maximiza seu retorno. Mas comprometimentos financeiros acima disso, ainda mais
quando tomam grande parte dos recursos, devem acender o sinal de alerta. Não
digo que são errados, porém a atenção deve ser redobrada.
Em suma, o
planejamento financeiro é tema constante de nossas interações e foi tratado
como um único grande passo, contudo está presente nos outros cinco também,
sendo causa e consequência de bons investimentos. Não importa com quanto você
comece (desde que comece hoje) ou quais são seus sonhos e necessidades, só existe
um plano financeiro a longo prazo: ficar rico! Pense se suas atitudes hoje
estão otimizando o futuro desse único grande ponto.